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Atividade antiviral da alga verde marinha Ulva fasciata na replicação do metapneumovírus humano

Neste artigo, foi avaliada a atividade antiviral da alga marinha Ulva fasciata, coletada nas Praias do Forno e Rasa, em Búzios, Rio de Janeiro, Brasil, sobre a replicação do metapneumovírus humano (HMPV). Os extratos desta alga foram preparados utilizando três diferentes metodologias, visando a comparação da atividade de diferentes grupos de compostos químicos que são obtidos dependendo da metodologia empregada. Quatro, do total de seis extratos foram capazes de inibir praticamente 100% da replicação viral. Os resultados demonstram também que a maioria dos extratos (cinco, dos seis), possui atividade virucida e, portanto, possuem a habilidade de interagir com a partícula viral extracelularmente impedindo a infecção. Por outro lado, apenas dois extratos (coletado da Praia do Forno e, preparado através de maceração e maceração do decocto) foram capazes de se ligar a receptores celulares, impossibilitando assim a entrada das partículas virais nas células. Finalmente, apenas o extrato que foi preparado por maceração da alga coletada na Praia do Forno, demonstrou atividade intracelular. Até onde sabemos, este é um estudo pioneiro sobre a atividade antiviral de algas marinhas sobre o HMPV. É também o primeiro estudo sobre atividade antiviral sobre HMPV realizado no Brasil. O estudo também mostra o efeito de diferentes condições ambientais e procedimentos químicos utilizados na preparação do extrato sobre suas propriedades biológicas.


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