A critical evaluation of the expression of parasitemia in experimental Chagas' disease

Sogayar, Roberto; Kipnis, Tereza Lieberman; Curi, Paulo Roberto

doi:10.1590/S0036-46651993000500002

Abstracts

This paper aims to study the best way to express the parasitemia of Trypanosoma cruzi's experimentally infected animals. Individual scores may have a great variability, not emphasized by the majority of the authors. A group of 50 rats infected with 1x10(6) trypomastigotes of T. cruzi Y strain was used and the parasitemia was estimated by BRENER' s method. The results showed that the median can avoid false results due to very high or low parasitemias but it does not have the mathematic properties necessary for analysis of variance. The comparison of the means of the original and transformed data, with their respective coefficients of variability (CV), showed that the logarithmic mean (Mlog) have the minor value of CV. Therefore, the Mlog is the best way to express the parasitemia when the data show great variability. The number of the animal for group did not affect the variability of data when the Mlog and CV were used.

Trypanosoma cruzi; Parasitemia; Critical evaluation

O objetivo deste trabalho foi o de estudar a melhor maneira de expressar a parasitemia de animais experimentalmente infectados com T. cruzi, visto que os animais podem apresentar grande variabilidade nos dados de parasitemia e que não é expressa nos resultados da maioria dos autores. Nós usamos um grupo de 50 ratos que foram infectados com 1x10(6) tripomastigotas da cepa Y de T. cruzi sendo a contagem dos parasitas feita pelo método de BRENER. Os resultados mostraram que a mediana pode impedir falsos resultados devido a valores muito altos ou muito baixos na parasitemia, porém não contém propriedades matemáticas que permita usá-la em inferencia estatística. As médias, com dados originais e transformados, foram comparadas entre si através dos respectivos coeficientes de variação (CV). Os resultados mostraram que a média logarítmica (Mlog) tem os menores valores de CV, sendo o melhor parâmetro para expressar a parasitemia quando os dados apresentam grande variabilidade. Estudamos também a influência do número de animais sôbre a variabilidade de dados usando a Mlog e o CVlog de grupos formados por 3, 5, 8 e 10 ratos; a análise estatística feita pelo teste de KRUSKAL-WALLIS não mostrou diferenças significantes entre os grupos.

ORIGINAL ARTICLES

A critical evaluation of the expression of parasitemia in experimental Chagas' disease

Estudo crítico sobre a expressão da parasitemia na doença de Chagas experimental

Roberto Sogayar^I; Tereza Lieberman Kipnis^II; Paulo Roberto Curi^III

^IDepartamento de Parasitologia do Instituto de Biociências. Botucatu, UNESP, S.P. Brasil

^IIDepartamento de Imunologia do Instituto de Biociências da USP. SP. Brasil

^IIIDepartamento de Melhoramento e Nutrição Animal, da FMVZ-UNESP. Botucatu. SP. Brasil

^{Correspondence to} Correspondence to: Dr. Roberto Sogayar Departamento de Parasitologia, Instituto de Biociências/UNESP - Campus de Botucatú 18618-000 - Rubião Júnior/SP. Brasil

SUMMARY

This paper aims to study the best way to express the parasitemia of Trypanosoma cruzi's experimentally infected animals. Individual scores may have a great variability, not emphasized by the majority of the authors. A group of 50 rats infected with 1x10⁶ trypomastigotes of T. cruzi Y strain was used and the parasitemia was estimated by BRENER' s method. The results showed that the median can avoid false results due to very high or low parasitemias but it does not have the mathematic properties necessary for analysis of variance. The comparison of the means of the original and transformed data, with their respective coefficients of variability (CV), showed that the logarithmic mean (Mlog) have the minor value of CV. Therefore, the Mlog is the best way to express the parasitemia when the data show great variability. The number of the animal for group did not affect the variability of data when the Mlog and CV were used.

Key words:Trypanosoma cruzi; Parasitemia; Critical evaluation.

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi o de estudar a melhor maneira de expressar a parasitemia de animais experimentalmente infectados com T. cruzi, visto que os animais podem apresentar grande variabilidade nos dados de parasitemia e que não é expressa nos resultados da maioria dos autores. Nós usamos um grupo de 50 ratos que foram infectados com 1x10⁶tripomastigotas da cepa Y de T. cruzi sendo a contagem dos parasitas feita pelo método de BRENER. Os resultados mostraram que a mediana pode impedir falsos resultados devido a valores muito altos ou muito baixos na parasitemia, porém não contém propriedades matemáticas que permita usá-la em inferencia estatística. As médias, com dados originais e transformados, foram comparadas entre si através dos respectivos coeficientes de variação (CV). Os resultados mostraram que a média logarítmica (Mlog) tem os menores valores de CV, sendo o melhor parâmetro para expressar a parasitemia quando os dados apresentam grande variabilidade. Estudamos também a influência do número de animais sôbre a variabilidade de dados usando a Mlog e o CVlog de grupos formados por 3, 5, 8 e 10 ratos; a análise estatística feita pelo teste de KRUSKAL-WALLIS não mostrou diferenças significantes entre os grupos.

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ACKNOWLEDGEMENTS

We thank João Milton Meneguim and Eloi Aparecido Pereira for technical assistance. This work was supported by a grant from CNPq.

Recebido para publicação em 27/09/91

Aceito para publicação em 20/05/93

1. BALAAM, L.N. - Fundamentals of Biometry. London, George Allen & Unwin, 1972. cap. 2, p.24.
2. BRENER, Z. - Therapeutic activity and criterion of cure on mice experimentally infected with Trypanosoma cruzi. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo, 4: 389-396, 1962.
3. CHAGAS, C. - Nova tripanozomíase humana: estudo sobre a morfologia e ciclo evolutivo do Schizotrypanum cruzi, n. gen., n. sp., agente etiológico de nova entidade mórbida do homem. Mem. Inst. Oswaldo Cruz, 1: 159-218, 1909.
4. COVER, B.; GUTTERIDGE, W.E. & WHARTOV, F.P. - The course of infection of Trypanosoma cruzi in g-irradiated rats. Trans. roy. Soc. trop. Med. Hyg., 72: 596-601, 1978.
5. LUMSDEN, W.H.R.; HERBERT, W.J. & McNEILLAGE, G.J.C. - Techniques with Trypanosomes. London, Churchill Livingstone, 1973. p.101.
6. MENEZES, H. - Imunizaçăo de camundongos com "vacina" viva avirulenta de Trypanosoma cruzi. Rev. Soc. bras. Med. trop., 4: 157-165, 1970.
7. NOETHER, G.E. - Introduçăo ŕ Estatística. Uma abordagem năo-paramétrica. Rio de Janeiro, Guanabara Dois, 1983. Cap. 15, p. 153.
8. PHILLIPS, N.R. - Experimental studies of quantitative transmission of Trypanosoma cruzi: considerations regarding the standardization of material. Ann. trop. Med. Parasit., 54: 60-70, 1960.
9. PIZZI, T. & PRAGER, R. - Estabilización de la virulencia de una cepa de Trypanosoma cruzi por pasaje seriado en ratones de constitución genética uniforme: análises cuantitativo del curso de la infección. Biológica (Santiago), 16-17: 3-9, 1952.
10. RIVELLI, S.; MORENO, H.; BERRA, H.; VALENTI, J.L.; NOCITO, A.L.; AMERIO, N. & MORINI, J.C. - Influencia de la edad de la rata en la evolución de la infección con Trypanosoma cruzi. Medicina (B. Aires), 47: 360-366, 1987.
11. RIVERA-VANDERPAS, M.T.; RODRIGUES, A.M.; AFCHAIN, D.; BAZIN, H. & CAPRON, A. - Trypanosoma cruzi: variation in susceptibility of inbred strains. Acta trop. (Basel), 40: 5-10, 1983.
12. SILVA, L.H.P. & NUSSENZWEIG, V. - Sobre uma cepa de Trypanosoma cruzi altamente virulenta para o camundongo branco. Folia clín. biol. (S. Paulo) 20: 191-207, 1953.
13. SOGAYAR, R. - Estudo da imunidade humoral em ratos albinos Wistar inoculados com as cepas Y e FL de Trypanosoma cruzi CHAGAS, 1909. Săo Paulo, 1985. (Tese Doutorado - Instituto de Cięncias Biomédicas da Universidade de Săo Paulo).
14. VILLELA, E. & MAGARINO TORRES, C. - Estudo histo-pathologico do systema nervoso central em paralysia experimental determinada pelo Schizotrypanum cruzi. Mem. Inst. Oswaldo Cruz, 19: 175-198, 1926.
15. WRIGHTSMAN, R.; KRASSNER, S. & WATSON, J. - Genetic control of responses to Trypanosoma cruzi in mice: multiple gens influencing parasitemia and survival. Infect. Imun., 36: 637-644, 1982.

Correspondence to:

Dr. Roberto Sogayar

Departamento de Parasitologia, Instituto de Biociências/UNESP - Campus de Botucatú

18618-000 - Rubião Júnior/SP. Brasil

Publication Dates

Publication in this collection
04 July 2006
Date of issue
Oct 1993

History

Received
27 Sept 1991
Accepted
20 May 1993

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

[1] 1. BALAAM, L.N. - Fundamentals of Biometry. London, George Allen & Unwin, 1972. cap. 2, p.24.

[2] 2. BRENER, Z. - Therapeutic activity and criterion of cure on mice experimentally infected with Trypanosoma cruzi. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo, 4: 389-396, 1962.

[3] 3. CHAGAS, C. - Nova tripanozomíase humana: estudo sobre a morfologia e ciclo evolutivo do Schizotrypanum cruzi, n. gen., n. sp., agente etiológico de nova entidade mórbida do homem. Mem. Inst. Oswaldo Cruz, 1: 159-218, 1909.

[4] 4. COVER, B.; GUTTERIDGE, W.E. & WHARTOV, F.P. - The course of infection of Trypanosoma cruzi in g-irradiated rats. Trans. roy. Soc. trop. Med. Hyg., 72: 596-601, 1978.

[5] 5. LUMSDEN, W.H.R.; HERBERT, W.J. & McNEILLAGE, G.J.C. - Techniques with Trypanosomes. London, Churchill Livingstone, 1973. p.101.

[6] 6. MENEZES, H. - Imunizaçăo de camundongos com "vacina" viva avirulenta de Trypanosoma cruzi. Rev. Soc. bras. Med. trop., 4: 157-165, 1970.

[7] 7. NOETHER, G.E. - Introduçăo ŕ Estatística. Uma abordagem năo-paramétrica. Rio de Janeiro, Guanabara Dois, 1983. Cap. 15, p. 153.

[8] 8. PHILLIPS, N.R. - Experimental studies of quantitative transmission of Trypanosoma cruzi: considerations regarding the standardization of material. Ann. trop. Med. Parasit., 54: 60-70, 1960.

[9] 9. PIZZI, T. & PRAGER, R. - Estabilización de la virulencia de una cepa de Trypanosoma cruzi por pasaje seriado en ratones de constitución genética uniforme: análises cuantitativo del curso de la infección. Biológica (Santiago), 16-17: 3-9, 1952.

[10] 10. RIVELLI, S.; MORENO, H.; BERRA, H.; VALENTI, J.L.; NOCITO, A.L.; AMERIO, N. & MORINI, J.C. - Influencia de la edad de la rata en la evolución de la infección con Trypanosoma cruzi. Medicina (B. Aires), 47: 360-366, 1987.

[11] 11. RIVERA-VANDERPAS, M.T.; RODRIGUES, A.M.; AFCHAIN, D.; BAZIN, H. & CAPRON, A. - Trypanosoma cruzi: variation in susceptibility of inbred strains. Acta trop. (Basel), 40: 5-10, 1983.

[12] 12. SILVA, L.H.P. & NUSSENZWEIG, V. - Sobre uma cepa de Trypanosoma cruzi altamente virulenta para o camundongo branco. Folia clín. biol. (S. Paulo) 20: 191-207, 1953.

[13] 13. SOGAYAR, R. - Estudo da imunidade humoral em ratos albinos Wistar inoculados com as cepas Y e FL de Trypanosoma cruzi CHAGAS, 1909. Săo Paulo, 1985. (Tese Doutorado - Instituto de Cięncias Biomédicas da Universidade de Săo Paulo).

[14] 14. VILLELA, E. & MAGARINO TORRES, C. - Estudo histo-pathologico do systema nervoso central em paralysia experimental determinada pelo Schizotrypanum cruzi. Mem. Inst. Oswaldo Cruz, 19: 175-198, 1926.

[15] 15. WRIGHTSMAN, R.; KRASSNER, S. & WATSON, J. - Genetic control of responses to Trypanosoma cruzi in mice: multiple gens influencing parasitemia and survival. Infect. Imun., 36: 637-644, 1982.