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Alterações morfológicas hepáticas, com especial ênfase nas alterações dos ductos biliares e análise de sobrevivência em camundongos submetidos a infecções múltiplas por S. mansoni e a quimioterapia

Numa tentativa de estar o mais próximo possível a pacientes infectados e tratados nas áreas endêmicas de esquistosomose (S. mansoni) e também para obter um período mais longo de seguimento, camundongos foram repetidamente infectados com um número baixo de cercarias. Dados de sobrevivência e variáveis histológicas tais como granuloma esquistosomótico, alterações portais, necrose hepatocelular, regeneração hepática, pigmento esquistosomótico, fi-brose periductal e principalmente, alterações dos ductos biliares foram analisados nos animais infectados tratados e não tratados. A terapêutica por oxamniquina nos animais repetidamente infectados prolonga a sobrevivência de maneira significante (Chi-quadrado 9,24, p = 0,0024), portanto confirmando resultados anteriores com um modelo semelhante mas com um período mais curto de seguimento. Ainda, a mortalidade decresce rapidamente depois do tratamento, sugerindo uma abrupta redução na gravidade das lesões hepáticas. O fígado foi ainda estudado sob o ponto de vista morfológico e imunohistoquímico. Fibrose portal, com um quadro que lembra a fibrose humana do tipo Symmers está presente na fase tardia da infecção. As alterações de ductos biliares são muito próximas daquelas descritas na esquistosomose mansônica humana. Antígeno esquistosomótico foi observado em uma célula isolada do revestimento alterado de duetos biliares. A patogênese das alterações ductais e sua possível relação com a infecção parasitária e/ou seus antígenos foi discutida.


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