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Influência da temperatura sobre o desenvolvimento da cercária fêmea de Schistosoma mansoni em Biomphalaria glabrata

Nestes experimentos a relação de larvas de Schistosoma mansoni, macho e fêmea, em Biomphalaria glabrata de Belo Horizonte e de Ribeirão das Neves, MG, Brasil, criada no laboratório ou capturada no campo variou de 1:1 a 1: 1 ,3 ou 1,4:1. Cercánas de 39 moluscos mantidos a 25 ± 0,5°C, inoculadas em camundongos originaram 76,6% de vermes machos e 23,4% de fêmeas; cercárias de 32 exemplares mantidos a 27 ± 0,5°C, originaram 43,4% de vermes machos e 56,6% de fêmeas (p<0,05). Cercárias de moluscos capturados no Barreiro e Ressaca, Belo Horizonte, em meses quentes, originaram 45,7 a 47,7% de vermes machos e 52,3 a 54,3% de fêmeas. Moluscos capturados em meses frios (20 + 3,0°C) no Gorduras, Belo Horizonte, produziram número menor de cercárias, que originaram 51,6% de machos e 48,4% de fêmeas. Portanto, nessa região, as infecções dos hospedeiros vertebrados com S. mansoni, poderão ser mais graves no verão devido a carga parasitária e número maior de ovos.


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