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Receptores beta cardíacos na doença de Chagas experimental

Estudaram-se os receptores beta cardíacos de camundongos infectados pelo Trypanosoma cruzi na fase pós-aguda da doença de Chagas para estabelecer em que medida os mesmos contribuem a gerar respostas anômalas às catecolaminas observadas nestes miocardios. Utilizara-se 3-H/DHA para a marcação dos receptores beta cardíacos dos camundongos normais e dos infectados na fase pós-aguda (45 a 90 dias pós-infecção). O número dos sítios de fixação foi similar nos dois grupos, 78.591 ± 3.125 fmol/mg. Proteína nos chagásicos e 73.647 ± 2.194 fmol/mg. Proteína no grupo controle. Em vez disso, a afinidade verificou-se significativamente diminuida no grupo chagásico (Kd = 7.299 ± 0.426 nM) respeito do controle (Kd = 3.759 ± 0.212 nM) p < 0.001. Os resultados obtidos demonstram que as modificações observadas na estimulação adrenérgica do miocárdio chagásico se correlacionam com a menor afinidade dos receptores beta cardíacos e que estas alterações exerceriam uma parte determinante para as consequências funcionais que são detectadas na fase crônica.


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