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Vigilância sorológica da peste no Brasil no período de 1983 a 1992

A peste, infecção pela Yersinia pestis, se mantém no Brasil, em vários focos naturais, disseminados na área rural, dos Estados do Ceará, Paraiba, Pernambuco, Piaui, Rio Grande do Norte, Alagoas, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Desde 1983, o teste de hemaglutinação passiva para anticorpos contra a fração antigênica "F1A" de Y. pestis, vem sendo empregado ininterruptamente na vigilância da peste nos focos brasileiros. A especificidade do PHA é controlada pelo teste de inibição da aglutinação. No período de 1983 à 1992 foram examinadas 220.769 amostras de soro, sendo 2.856 de origem humana, 49.848 de roedores pertencentes à 24 espécies e de 2 espécies de pequenos carnívoros selvagens (marsupiais), 122.890 soros de cães e 45.175 de gatos. Anticorpos específicos foram encontrados em 92 (3,22%) dos soros humanos; 143 (0,29%) soros de roedores de 8 espécies e das duas espécies de marsupiais, 1.105 (0,90%) soros de cães e 290 (0,64%) soros de gatos. A presença de níveis significativos de anticorpos anti-F1A entre roedores e carnívoros domésticos (cães e gatos) e selvagens evidencia atividade pestosa nos focos apesar da ausência de peste humana em alguns deles.


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