Foi demonstrado que o tratamento com indinavir resulta em importante redução da carga viral e aumentos das células CD4 em pacientes infectados pelo HIV. Foi realizado um estudo duplo-cego, randômico para avaliar a eficácia do indinavir isoladamente (800 mg cada 8h), zidovudina isoladamente (200 mg cada 8h) ou a combinação, para avaliar a progressão para AIDS. Foram distribuidos para tratamento 996 pacientes virgens de tratamento antiretroviral, com contagens de CD4 entre 50 e 250 células/mm3. Durante o estudo, o protocolo foi modificado para adicionar lamivudina aos braços contendo zidovudina. O "endpoint" primário foi o tempo para o desenvolvimento de uma doença-definidora de AIDS ou morte. O estudo foi interrompido após uma análise preliminar definida no protocolo ter demonstrado reduções significativas na progressão para um evento clínico nos grupos contendo indinavir, comparado ao grupo da zidovudina (p< 0,0001). Após uma mediana de seguimento de 52 semanas (chegando a 99 semanas), as reduções percentuais nas ocorrências para indinavir+zidovudina e indinavir, comparado com zidovudina foram de 70% e 61%, respectivamente. Reduções significativas na medida do RNA viral e aumentos nas contagens de CD4 também foram observadas nos grupos contendo indinavir, em relação ao da zidovudina. A melhora nas células CD4 e RNA viral foram ambas associadas a risco reduzido de progressão da doença. Os três tratamentos foram geralmente bem tolerados.