Camundongos isentos de germes (GF) e convencionais (CV) foram infectados intraperito-nealmente com cercárias GF de Schistosoma mansoni e mantidos por seis semanas. Vinte e quatro horas antes do sacrifício, eles foram injetados com [³H]-timidina. Vermes de Schistosoma, recolhidos através de perfusão do sistema porta, foram contados, assim como os ovos no fígado e intestino delgado. O fígado foi também usado para determinações de DNA, proteínas e colágeno. A incorporação de [³H]-timidina e as determinações de colágeno foram usadas para calcular os índices dados pela diferença entre seus conteúdos nos animais infectados e controles e expressos por mil ovos no fígado. A recuperação de vermes nos camundongos GF foi cerca de duas vezes aquela dos CV. O número total de ovos foi maior no fígado dos animais GF. Nenhuma hipertrofia das células hepáticas foi observada pela relação proteína/DNA mas a incorporação de [³H]-timidina em DNA foi maior que nos controles em ambos animais infectados (GF e CV). Os índices de [³H]-timidina e colágeno foram menores nos animais GF indicando uma replicação celular mais discreta e um conteúdo de colágeno menor em relação ao número de ovos presentes nos fígados destes camundongos. Concluiu-se que a doença parece ser menos se vera em animais GF.