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Diagnóstico parasitológico e imunológico da estrongiloidíase em crianças imunodeprimidas e imunocompetentes na cidade de Uberlândia, MG, Brasil

O diagnóstico parasitológico e imunológico da estrongiloidíase foi realizado em 151 crianças (83 imunodeprimidas -ID e 68 imunocompetentes -IC) de zero a 12 anos de idade internadas no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil, no período de fevereiro de 1996 a junho de 1998. Para o diagnóstico parasitológico três amostras de fezes de cada indivíduo foram processadas pelos métodos de Baermann-Moraes e de Lutz. O diagnóstico imunológico para a detecção de anticorpos IgG e IgM foi realizado através das reações de imunofluorescência indireta (RIFI) utilizando-se como antígeno cortes de 4 micra de larvas filarióides de Strongyloides stercoralis e Strongyloides ratti e do teste ELISA utilizando-se como antígeno extrato alcalino de larvas de S. ratti. Das 151 crianças, 5 (3,31%) estavam infectadas com S. stercoralis (2 casos ID, 2,41% e 3 casos IC, 4,41%). A RIFI- IgG detectou 7 (8,43%) amostras de soros positivas nas ID, e 2 (2,94%) nas IC. O teste ELISA-IgG detectou 10 (12,05%) amostras de soros positivas nas ID, e 1 (1,47%) nas IC. A RIFI-IgM detectou 6 (7,22%) casos positivos nas ID, e 3 (4,41%) nas IC. O teste ELISA-IgM detectou 10 (12,05%) casos positivos nas ID e 3 (4,41%) nas IC. Concluiu-se que os testes imunológicos podem contribuir para o diagnóstico da estrongiloidíase em crianças imunodeprimidas.


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