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Análise dos resultados dos processos de acreditação do curso de enfermagem no chile

Resumos

A Comissão Nacional de Acreditacão da Graduação vem realizando processo de acreditação das Escolas de Enfermagem no Chile, cujos resultados são analisados neste artigo, dada à escassa evidência a respeito das fortalezas e debilidades das escolas avaliadas. O objetivo deste artigo é analisar os primeiros resultados obtidos por essa Comissão a respeito do desenvolvimento atual da enfermagem no país. Foram obtidos como fortalezas: experiência, qualificação, compromisso do corpo docente, plano de estudos definidos, infraestrutura e campos clínicos adequados. Como fraqueza obteve-se: reduzido número de docentes, modelo curricular biomédico sobrepondo-se ao modelo de disciplinas, baixa utilização de metodologias participativas de ensino, dificuldade crescente de acesso a campos clínicos exclusivos e bibliografia insuficiente. Conclui-se sobre a importância de todas as escolas de enfermagem se submeterem ao processo de acreditação, para que exista consenso sobre os níveis mínimos de qualidade, estabelecendo graus de qualificação na formação dos estudantes, como também para estabelecer a situação da profissão da enfermagem no país.

Educação em Enfermagem; Escolas de Enfermagem; Acreditação de Programas


The National Undergraduate Accreditation Commission has been taking care of the accreditation process in several Nursing Schools, whose results are analyzed in this article, given the limited evidence of strengths and weaknesses. The objective is to analyze the first results obtained by that commission about the current development of Nursing in the country. The strengths obtained are: experience, qualification, commitment of teaching staff; well-defined study programs; adequate clinical training fields and infrastructure. Weaknesses are: reduced number of teachers; a curricular approach emphasizing biomedicine over nursing, low use of participative teaching methods; increasing difficulty to access exclusive clinical areas, and insufficient bibliographic resources. Conclusion: It is urgent that all Nursing Schools submit to universal criteria and standards, establishing minimum graduation levels for students, as well as the real state of the quality of nursing education in the country.

Education; Nursing; Schools; Nursing; Program Accreditation


La Comisión Nacional de Acreditación de Pregrado chilena ha estado realizando la acreditación de las Escuelas de Enfermería, cuyos resultados son analizados en este artículo, dada la escasa evidencia respecto a las fortalezas y debilidades de las Escuelas evaluadas. El objetivo es analizar los primeros resultados obtenidos por esa Comisión respecto al desarrollo actual de la Enfermería en el país. Se obtuvieron como Fortalezas: experiencia, calificación, compromiso del cuerpo docente, plan de estudios definido, infraestructura, y campos clínicos adecuados. Y como Debilidades: reducido número de docentes, preponderancia curricular biomédica sobre los aspectos da las disciplinas, baja utilización de metodologías participativas de enseñanza, dificultad creciente de acceso a campos clínicos exclusivos, y, bibliografía insuficiente. Concluimos que es mandatorio que todas las Escuelas de Enfermería se sometan a criterios y estándares universales, para obtener un consenso sobre el nivel mínimo de formación para los estudiantes, como también establecer los estándares de calidad en la formación de enfermería en el país.

Educación en Enfermería; Escuelas de Enfermería; Acreditación de Programas


ARTIGO ORIGINAL

Análise dos resultados dos processos de acreditação do curso de enfermagem no Chile

Verónica Guerra GuerreroI; Olivia Sanhueza AlvaradoII

IEnfermeira. Doutoranda en Enfermagem, Universidad de Concepción, Chile. Professor, Escuela de Enfermería, Universidad Catolica del Maule, Chile. E-mail: vguerra@udec.cl

IIEnfermeira, Doutor em Enfermagem, Professor Titular, Universidad de Concepción, Chile, e-mail: osanhue@udec.cl

Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Veronica Guerra Guerrero Universidad Católica del Maule. Escuela de Enfermería Avenida San Miguel nº 3605 Talca, Chile E-mail: vguerra@udec.cl

RESUMO

A Comissão Nacional de Acreditacão da Graduação vem realizando processo de acreditação das Escolas de Enfermagem no Chile, cujos resultados são analisados neste artigo, dada à escassa evidência a respeito das fortalezas e debilidades das escolas avaliadas. O objetivo deste artigo é analisar os primeiros resultados obtidos por essa Comissão a respeito do desenvolvimento atual da enfermagem no país. Foram obtidos como fortalezas: experiência, qualificação, compromisso do corpo docente, plano de estudos definidos, infraestrutura e campos clínicos adequados. Como fraqueza obteve-se: reduzido número de docentes, modelo curricular biomédico sobrepondo-se ao modelo de disciplinas, baixa utilização de metodologias participativas de ensino, dificuldade crescente de acesso a campos clínicos exclusivos e bibliografia insuficiente. Conclui-se sobre a importância de todas as escolas de enfermagem se submeterem ao processo de acreditação, para que exista consenso sobre os níveis mínimos de qualidade, estabelecendo graus de qualificação na formação dos estudantes, como também para estabelecer a situação da profissão da enfermagem no país.

Descritores: Educação em Enfermagem; Escolas de Enfermagem; Acreditação de Programas.

Introdução

No setor da saúde, as exigências do mundo atual determinam que os profissionais tenham formação polivalente e orientada para ter visão globalizada e compromisso com as políticas de saúde(1). A educação em enfermagem constitui a base essencial para edificar o desenvolvimento e progresso da profissão(2). Para alcançar padrões de qualidade em educação, é fundamental que exista, nos planos de estudo, integração curricular, integração docente-assistencial e programas curriculares que tenham como base as competências(1). Lograr que esses e outros elementos(3) estejam presentes na formação de profissionais requer que sejam avaliados através da acreditação. A acreditação da educação superior tem suas origens no ano 1847(4). Os primeiros sistemas de avaliação e acreditação de programas acadêmicos ou curriculares surgiram nos Estados Unidos e Inglaterra devido à pressão que a indústria exerceu sobre as universidades, demandando qualidade aos formados(5). Somente no final do século XX começa a ser utilizada, na América Latina(6), devido à ampliação da cobertura e diversificação das instituições de educação superior, e às mudanças no modo de produzir conhecimento e aos requerimentos da globalização(4). No Chile, a acreditação começou ao finalizar a década de 90 e, no curso de Enfermagem, no ano 2003. Atualmente, existe pouca evidência acerca do processo de acreditação das Escolas de Enfermagem na América Latina, particularmente no Chile. Considerando o decisivo momento em que se encontra a Enfermagem no país, é válido responder às seguintes perguntas chaves: quais têm sido, até agora, os resultados dos processos de acreditação das Escolas de Enfermagem que têm sido submetidas a essa norma legal? Assim como, também, quais têm sido os benefícios obtidos? Por um lado, pode-se conhecer em que etapa de desenvolvimento se encontra essa formação profissional, assim como, eventualmente, definir áreas em que as Escolas de Enfermagem concentrem seus esforços para lograr os padrões de qualidade que a educação superior tem estabelecido e satisfazer as demandas de saúde da população. Este trabalho teve como objetivo realizar análise dos resultados dos processos de acreditação pelos quais passaram as Escolas de Enfermagem das diferentes universidades chilenas. Dentro do contexto chileno, pretende-se, ademais, contribuir para o conhecimento existente sobre o estado atual da educação superior na enfermagem na América Latina, apresentando seus fortalezas e debilidades que foram identificadas nos processos de acreditação.

Material e método

Trata-se de revisão sistemática da literatura, realizada a partir dos relatórios de acreditação da Enfermagem. A documentação original, de 2003 a 2007, foi obtida da CNA (Comissão Nacional de Acreditação), no Chile. Para analisar os dados, foram utilizados os critérios de acreditação do curso de enfermagem, elaborados pelo Comitê Técnico de Enfermagem, no ano 2001(7). Para apresentar os resultados, utilizou-se o mesmo formato dos relatórios da CNA, que incluem fortalezas e debilidades, e se dividiu as Escolas de Enfermagem segundo os anos de acreditação que lhes foram concedidos, em função da similitude que apresentam referentes às fortalezas e debilidades encontradas.

Referencial teórico

Educação superior no Chile

A educação superior no Chile é oferecida nas universidades, institutos profissionais e centros de formação técnica. Até 1980, as universidades que existiam no país eram somente oito(8). Porém, o contexto político e as normas estabelecidas para reestruturar a educação superior, nesse período, facilitaram para que, no final de 1980, aumentassem para 40(8). Assim, no ano 1990 foi criado o Conselho Superior de Educação (CSE)(9) para estabelecer e administrar um sistema de acreditação das novas universidades e institutos profissionais. Posteriormente, em 1997, o Ministério de Educação instaurou o Programa de Melhoramento da Qualidade e Equidade da Educação Superior (MECESUP) com o objetivo de promover o melhoramento da qualidade e eficiência da educação. Desse programa, em 1999, emergem duas comissões: a Comissão Nacional de Acreditação da Graduação (CNAP) e a Comissão Nacional de Acreditação de Pós-graduação (CONAP)(3) que iniciam a acreditação dos cursos universitários no país. No Chile, a acreditação se define como o reconhecimento, formal e público, de que um programa de formação cumpre o perfil de formatura mínima e com os critérios e padrões definidos, que garantem formação sólida, acorde com os requerimentos da sociedade(7). A acreditação dos cursos de graduação realiza-se a partir de critérios de qualidade previamente estabelecidos(7) e contempla três procedimentos: autoavaliação do respectiva curso, avaliação externa por seus pares e decisão do CNAP. O prazo de acreditação varia entre o máximo de sete anos e mínimo de dois anos(7). Os critérios de qualidade para Enfermagem incluem duas áreas: o perfil profissional, que estabelece o conjunto de competências e habilidades mínimas que devem ser contidas em todo programa de enfermagem e que seus formandos devem dominar ao concluir seus estudos(7). Considera competências específicas e um conjunto de competências gerais. Esse aspecto não foi mencionado nos relatórios de acreditação, por isso não será abordado neste estudo. A segunda área está constituída pelos critérios de avaliação propriamente ditos(7) que contemplam 10 itens, com os quais se estabelece um critério geral e uma série de critérios específicos, que são: propósitos do curso, integridade institucional, estrutura organizacional e administrativa, perfil profissional e estrutura curricular, recursos humanos, efetividade do processo ensino-aprendizagem, resultados do processo formativo, infraestrutura, apoio técnico e recursos para o ensino, vinculação com o meio e serviços e bem-estar estudantil.

Resenha da educação superior do curso de enfermagem

A história da educação institucionalizada da Enfermagem, no Chile, data do ano 1902, quando surge o primeiro curso de Enfermagem, no Hospital São Francisco de Borja. A seguir, em 1906, foi criada a Primeira Escola de Enfermagem Hospitalar, que dependia da Faculdade de Medicina e Farmácia da Universidade de Chile. Posteriormente, em 1947, foi fundada a segunda Escola no Sul do Chile, a Universidade de Concepção, e, em 1949, a terceira Escola de Enfermagem na Pontifícia Universidade Católica do Chile. Em 1963, nasce a Sociedade Chilena de Educação em Enfermagem(10) que logo se converteria na Associação Chilena de Educação em Enfermagem (ACHIEEN)(11), tendo por finalidade resguardar a qualidade da educação. Na atualidade, são 34 universidades que oferecem o curso em 72 Escolas, Departamentos ou Institutos de Enfermagem, de Arica a Punta Arenas, tanto em instituições estatais como privadas. Algumas Escolas de Enfermagem do país, tanto da área privada como da estadual, estão agrupadas na ACHIEEN, que é uma Corporação de Direito Privado, de caráter científico, que tem como finalidade incentivar e coordenar o desenvolvimento da educação superior da enfermagem no país(11).

Resultados

Descrição geral da acreditação das Escolas de Enfermagem no Chile

Comentários sobre a Tabela 1

Transcorreu-se perto de seis anos desde que se iniciou a acreditação. À vista disso, é possível assinalar que até o momento somente se submeteram ao processo de acreditação 14 Escolas de Enfermagem, cifra que representa 19,4% do total de instituições que oferecem o curso. Entre essas, somente uma é privada. O tempo pelo qual têm sido acreditadas vai de dois a sete anos. Ao relacionar os anos de acreditação com os anos de antiguidade, de cada Escola, é possível estabelecer que as mais antigas adjudiquem o maior número de anos de acreditação. O contrário sucede com as escolas de criação mais recente que somente foram acreditadas por dois e três anos. Somente uma escola, que representa 7,14%, conseguiu acreditação pelo máximo de tempo. O maior número de universidades está acreditado por três anos, correspondendo a 35,71%. Três universidades foram acreditadas pelo mínimo de tempo, que é de dois anos.

Principais fortalezas e debilidades na acreditação das Escolas de Enfermagem no Chile

Comentários sobre as Tabelas 2 e 3

Ao examinar as principais fortalezas, é possível estabelecer elementos comuns que se repetem de maneira geral, que não dependem do tempo recebido de acreditação. Desse modo, pode-se sinalar como principais fortalezas: a existência de um corpo docente e diretivo com experiência, altamente qualificado e comprometido com o curso; no âmbito estudantil também se encontra o compromisso com a curso; os perfis de graduação e os planos de estudo, na maioria das escolas, são claros, estão bem definidos, abordam a perspectiva das disciplinas, estão articulados com a prática, e utilizam metodologias de ensino-aprendizagem adequadas; existência de infraestrutura, de recursos de apoio e de campos clínicos; existência de vínculos com instituições nacionais e internacionais e com a área disciplinar, somente em casos excepcionais falta desenvolvê-los, e a existência de mecanismos de seguimento acadêmico, estratégias de apoio e de orientação que favorecem a progressão dos estudantes no plano de estudos.

Comentários sobre as Tabelas 4 e 5

As principais debilidades encontradas na acreditação, comuns em todas as escolas acreditadas, são: falta de recursos humanos ou poucos docentes para desenvolver docência clínica e pesquisa, alta carga de trabalho que impede a realização de atividades extracurriculares, principalmente de pesquisa; currículo sobrecarregado para os estudantes; algumas unidades apresentam currículo ainda com enfoque biomédico que se sobrepõe aos aspectos das disciplinas; alta taxa de reprovação dos estudantes e ausência de mecanismos de correção e de seguimento; dificuldades nos planos de estudo, respeito à definição de competências, ausência de metodologias de ensino-aprendizagem, carência de campos clínicos suficientes e falta de material bibliográfico.

Discussão

O número de anos de acreditação indica que algumas unidades acadêmicas se encontram em melhores condicões para oferecer o curso de Enfermagem do que outras, sendo desejável que todas tivessem maior tempo de acreditação, resultado que, talvez, não seria o mais estratégico, pois poderia conduzir à permanência num status quo que não é conveniente. As escolas que foram acreditadas por menor tempo têm a obrigação de trabalhar suas debilidades adequando-se aos tempos atuais(1), especialmente no que se refere a metodologias, currículo e planos de estudo, deixando de lado o modelo biomédico e concentrando-se no plano das disciplinas, tomando como base as competências(1), a infraestrutura, os recursos humanos e o desenvolvimento da pesquisa. As unidades acreditadas por maior tempo têm a tarefa de manter e melhorar a qualidade que apresentaram, somente assim permitirão gerar competitividade necessária para alcançar a excelência profissional que requer o mercado laboral, objetivo dos processos de acreditação(4). Em relação ao tema central desta análise, a crítica surge da forma e fundo com que são apresentados os relatórios. Esperava-se que eles julgassem as duas áreas que abarcam os critérios, quedando fora, nessa ocasião, o perfil profissional mínimo. Por outro lado, esperava-se encontrar a mesma ordem que a CNAP estabeleceu como critérios de avaliação (10 itens de avaliação)(7). Porém, os relatórios respondem por outra realidade, e, também, os relatórios são diferentes entre si, alguns itens são dados como óbvios ou no enfoque de apresentação não mantêm a ordem estabelecida. Referente ao fundo, encontrou-se que, mediante os relatórios, não é possível estabelecer comparações entre as distintas escolas, porque existe omissão de informação, que seguramente existe e se refere ao funcionamento de cada uma, informações relacionadas aos alunos, ao meio social e ao assistencial e dentro da mesma universidade. Também é possível pensar que, em cada acreditação, foram mensurados todos os critérios de avaliação, mas que nos relatórios não foram apresentados. Nesse sentido, é necessário solicitar que nos relatórios públicos seja apresentado um mesmo tipo de avaliação, tanto de forma como de fundo, contendo um padrão definido e claro(5), já que esses relatórios são públicos, revisados por diversas esferas, tanto da área educativa como social.

Conclusões

É essencial elaborar critérios e padrões universais que possam ser utilizados no âmbito local e internacional para formar profissionais de qualidade, acordes com as necessidades e exigências do mundo globalizado. A acreditação é ferramenta que permite identificar fortalezas e debilidades das unidades acadêmicas na educação superior. Na medida em que se conseguir identificar esses elementos, potencializar e melhorar a qualidade da educação, poder-se-á alcançar o objetivo pretendido pela acreditação que é “assegurar a qualidade da educação superior”. É indispensável que os organismos educacionais e assistenciais centrados na disciplina possam: revisar, avaliar, socializar e analisar os relatórios dos processos de acreditação, e que essa atividade seja desenvolvida ativamente. É fundamental que, na acreditação, participem todas as Escolas de Enfermagem, especialmente aquelas que pertencem a universidades privadas, já que constituem a maior percentagem de instituições de educação superior que oferecem o curso, concentrando, ademais, alto número de estudantes. Seria conveniente que no futuro se aplicassem mecanismos que promovam e exijam que as instituições de educação superior se submetam, obrigatoriamente, ao processo de acreditação.

Referências

Recebido: 23.9.2008

Aceito: 5.10.2009

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  • Endereço para correspondência:
    Veronica Guerra Guerrero
    Universidad Católica del Maule. Escuela de Enfermería
    Avenida San Miguel nº 3605
    Talca, Chile
    E-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      26 Jul 2010
    • Data do Fascículo
      Fev 2010

    Histórico

    • Recebido
      23 Set 2008
    • Aceito
      05 Out 2009
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