O presente estudo pretende conhecer a lógica da produção de saúde na UTI com base no discurso defendido pelo enfermeiro e na prática profissional que efetivamente é reconhecida pelos familiares acompanhantes dos pacientes internados. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de orientação dialética, realizada com 7 enfermeiros e 5 familiares em uma UTI de adultos de um hospital universitário de Santa Catarina. O referencial teórico-filosófico baseou-se em leituras marxistas e gramscianas. Os resultados mostram que a lógica da produção de saúde na UTI está inserida em uma complexa teia que se move em um ritmo dialético de autonomia, dependência e co-responsabilização para o cuidado. Entendemos que essa realidade possa demonstrar a necessidade de repensar saberes e práticas profissionais para promover a constante reformulação e transformação do contexto assistencial de cuidados intensivos.
enfermagem; empatia; processo saúde-doença; trabalho