Open-access Prevalência de complicações sistêmicas da COVID-19 em pacientes críticos: revisão sistemática com metanálises*

Objetivo: identificar a prevalência das complicações sistêmicas da COVID-19 em pacientes críticos, para estimar as condições clínicas que podem apresentar pior prognóstico quando associados à COVID-19.

Método: revisão sistemática com metanálise de estudos observacionais, baseada nas recomendações do JBI Manual for Evidence Synthesis para revisões sistemáticas de prevalência e incidência, em seis bases de dados e literatura cinzenta, período 2020 a 2024, idiomas português, inglês e espanhol, tendo sido identificadas 2393 publicações. A seleção, a extração dos dados e a avaliação metodológica dos estudos foram realizadas por dois pesquisadores independentes. A metanálise foi realizada pelo método estatístico de Freeman Tukey transformacional de efeito randômico.

Resultados: dez artigos foram incluídos. A metanálise de sete artigos que tratavam das complicações respiratórias por COVID-19, a prevalência média foi de 42%, (IC95% 0,2- 0,66) com heterogeneidade I2=97,4; a metanálise de quatro artigos que envolveram as complicações neurológicas por COVID-19 mostrou prevalência média de 62%, (IC95% 0,49- 0,74) com heterogeneidade I2=87,4 e a metanálise de oito estudos mostrou uma prevalência da mortalidade por COVID-19 de 33%, (IC95% 0,23- 0,44) com heterogeneidade I2=93,6.

Conclusão: as complicações respiratórias e neurológicas foram as mais prevalentes nos estudos revisados. Registro PROSPERO: CRD42020214617

Descritores:
COVID-19; SARS-CoV-2; Comorbidade; Estado Terminal; Cuidados Críticos; Revisão Sistemática


Destaques:

(1) As complicações respiratórias e neurológicas destacaram-se como as mais prevalentes. (2) Principais fatores de risco são sexo masculino, comorbidades, doenças respiratórias e cardíacas. (3) Evidências podem orientar a práxis dos profissionais de saúde. (4) Evidências podem auxiliar na implementação de assistência aos pacientes críticos.

Objective: to identify the prevalence of systemic complications of COVID-19 in critically ill patients, to estimate the clinical conditions that may have a worse prognosis when associated with COVID-19.

Method: systematic review with meta-analysis of observational studies, based on the recommendations of the JBI Manual for Evidence Synthesis for systematic reviews of prevalence and incidence, in six databases and grey literature, period 2020 to 2024, languages Portuguese, English and Spanish. We identified 2393 publications. The selection, data extraction and methodological evaluation of the studies were carried out by two independent researchers. The meta-analysis was performed using the Freeman Tukey transformational random-effects statistical method.

Results: ten papers were included. The meta-analysis of seven papers dealing with respiratory complications due to COVID-19 demonstrated a mean prevalence of 42%, (95% CI 0.2-0.66) with heterogeneity I2=97.4; the meta-analysis of 4 papers involving the prevalence of neurological complications due to COVID-19 showed an average prevalence of 62%, (95% CI 0.49- 0.74) with heterogeneity I2=87.4 and the meta-analysis of 8 studies showed a prevalence of mortality due to COVID-19 of 33%, (95% CI 0.23- 0.44) with heterogeneity I2=93.6.

Conclusion: respiratory and neurological complications were the most prevalent in the reviewed studies. PROSPERO Registration: CRD42020214617.

Descriptors:
COVID-19; SARS-CoV-2; Comorbidity; Critical Illness; Critical Care; Systematic Review


Highlights:

(1) Respiratory and neurological complications stood out as the most prevalent complication. (2) The main risk factors are: being male, presenting comorbidities, having respiratory and cardiac diseases. (3) Evidence can guide the practice of health professionals. (4) Evidence can assist in the implementation of care for critically ill patients.

Objetivo: identificar la prevalencia de las complicaciones sistémicas de la COVID-19 en pacientes críticos, para estimar las condiciones clínicas que pueden presentar peor pronóstico cuando se asocian a la COVID-19.

Método: revisión sistemática con metaanálisis de estudios observacionales, basada en las recomendaciones del JBI Manual for Evidence Synthesis para revisiones sistemáticas de prevalencia e incidencia, en seis bases de datos y literatura gris, período 2020 a 2024, en los idiomas portugués, inglés y español, habiéndose identificado 2393 publicaciones. La selección, la extracción de datos y la evaluación metodológica de los estudios fueron realizadas por dos investigadores independientes. El metaanálisis se realizó mediante el método estadístico transformacional de Freeman Tukey de efecto aleatorio.

Resultados: se incluyeron diez artículos. El metaanálisis de siete artículos que abordaban las complicaciones respiratorias por COVID-19 demostró una prevalencia media de 42%, (IC95% 0,2-0,66) con heterogeneidad I2=97,4; el metaanálisis de 4 artículos que involucraron la prevalencia de las complicaciones neurológicas por COVID-19 mostró una prevalencia media de 62%, (IC95% 0,49-0,74) con heterogeneidad I2=87,4 y el metaanálisis de 8 estudios mostró una prevalencia de la mortalidad por COVID-19 de 33%, (IC95% 0,23-0,44) con heterogeneidad I2=93,6.

Conclusión: las complicaciones respiratorias y neurológicas fueron las más prevalentes en los estudios revisados. Registro PROSPERO: CRD42020214617.

Descriptores:
COVID-19; SARS-CoV-2; Comorbilidad; Enfermedad Crítica; Cuidados Críticos; Revisión Sistemática


Destacados:

(1) Las complicaciones respiratorias y neurológicas se destacaron como las más prevalentes. (2) Los principales factores de riesgo son el sexo masculino, las comorbilidades, las enfermedades respiratorias y cardíacas. (3) La evidencia puede orientar la praxis de los profesionales de la salud. (4) La evidencia puede ayudar en la implementación de la asistencia a los pacientes críticos.

Introdução

O coronavírus, pertencente à família homônima e responsável pelo desenvolvimento de infecções respiratórias, assolou o mundo após a disseminação de uma nova cepa denominada SARS-CoV-2, causadora da doença COVID-19. Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde classificou a distribuição geográfica da doença como pandemia, situação que perdurou por quase 30 meses(1-3). A partir de então, foram implementadas medidas de prevenção como distanciamento social, quarentena e uso de máscaras, visando reduzir a transmissibilidade e a letalidade da doença(4). Essas medidas resultaram em sofrimento psicológico e transtornos mentais, como ansiedade, depressão e estresse(5). Além disso, complicações sistêmicas causadas pela doença passaram a ser observadas, principalmente por meio de comprometimentos nos sistemas pulmonar e cardiovascular(6-7).

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos da América (CDC), em 14 de outubro de 2021, mostrou que a COVID-19 não afetou de maneira equitativa todos os grupos populacionais(8). O risco de complicações decorrentes da doença aumenta proporcionalmente ao número de condições subjacentes que apresenta uma pessoa. Estudos prévios indicam que indivíduos com certas deficiências têm maior probabilidade de contraí-la e apresentar desfechos adversos(9-10). Além disso, algumas condições crônicas, como doenças pulmonares, doenças cardíacas, diabetes, obesidade, são mais prevalentes em determinadas populações minoritárias, afetando uma faixa etária mais jovem. Nos Estados Unidos da América, observou-se um aumento estimado de 700.000 mortes em excesso, com o maior incremento percentual na mortalidade entre adultos de 25 a 44 anos e entre hispânicos ou latinos(8). Em 2022, a COVID-19 foi a quarta principal morte naquele país(11).

Evidências respaldadas por revisões sistemáticas destacam que condições subjacentes que aumentam o risco de progressão para doença grave devido à COVID-19 incluem doenças pulmonares(12-16), câncer(17-18), doença cerebrovascular(18-21), doença renal crônica(22-23), doença hepática crônica (cirrose, doença hepática gordurosa não alcoólica, doença hepática alcoólica, hepatite autoimune)(24-26), Diabetes Mellitus (DM), Diabetes Mellitus Tipo 1 (DM1) e Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2)(27), problemas cardíacos (como insuficiência cardíaca, doença arterial coronariana ou cardiomiopatias)(28-29), tabagismo atual e antigo(30-32), tuberculose(33-34), obesidade(35), gravidez e gravidez recente(36) e transtornos de saúde mental (transtornos do humor, incluindo depressão e transtornos do espectro da esquizofrenia)(37-38).

Diante do exposto, os grupos de risco parecem ter uma probabilidade maior de desenvolver complicações sistêmicas pela COVID-19. Considerou-se como pacientes críticos aqueles gravemente doentes, com instabilidade clínica ou risco de instabilidade de sistema vital com risco de morte e, dessa forma, internados em unidade de terapia intensiva (UTI)(39). Assim, este estudo teve como objetivo identificar a prevalência das complicações sistêmicas da COVID-19 em pacientes críticos. Espera-se que o estudo possa contribuir para estimar as condições clínicas dos pacientes que podem apresentar pior prognóstico quando associados à COVID-19.

Método

Tipo de estudo

Trata-se de uma revisão sistemática que seguiu as diretrizes do Centro Brasileiro de Pesquisas Baseadas em Evidências COBE-UFSC(40), e o checklist Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA)(41). Para o seu desenvolvimento, foram organizadas seis etapas: (1) elaboração da pergunta de pesquisa; (2) preparo da estratégia de busca preliminar; (3) escolha das bases de dados; (4) definição dos critérios de elegibilidade; (5) coleta de dados e análise dos riscos de viés e (6) relato da revisão(40). O protocolo da revisão sistemática foi registrado no International Prospective Register of Ongoing Systematic Reviews – PROSPERO com o número CRD42020214617.

Pergunta de estudo

Buscou-se, com esta revisão, responder à seguinte pergunta: qual a prevalência das complicações sistêmicas resultantes da contaminação pelo SARS-CoV-2 em adultos com COVID-19 em estado crítico? Para formular a pergunta, utilizou-se da estratégia PECOS(40), sendo: P - Participantes: adultos com COVID-19; E - Exposição: contaminação por COVID-19; C - Controle: ausência de contaminação; O - Desfecho: complicações sistêmicas; S - estudos observacionais.

Período de coleta de dados

A realização dessa revisão sistemática compreendeu o período de 30 de agosto de 2020 a 30 de março de 2024.

Critérios de elegibilidade

Foram incluídos estudos observacionais que abordaram adultos com COVID-19 em condição crítica, considerando aspectos epidemiológicos, manifestações clínicas, diagnóstico, prevenção e controle da doença. Como critério de exclusão, foram desconsiderados estudos de revisão, estudos de caso controle, relatos de caso, estudos e séries de caso, publicações de resumos de anais de eventos científicos e editoriais.

Levantamento dos dados e estratégia de busca

As bases de dados utilizadas foram MEDLINE (via PubMed), EMBASE, LILACS, Web of Science Core Collection, Scopus e CINAHL. Para a estratégia de busca, foram empregados os descritores do Medical Subject Headings (MeSH), Emtree, Títulos CINAHL e os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS/MeSH), além dos termos sinônimos, considerando as especificidades de cada base de dados. Como exemplo, destaca-se a estratégia de busca implementada na PubMed: ((“COVID-19”[Supplementary Concept] OR “COVID-19”[All Fields] OR “2019 novel coronavirus disease”[All Fields] OR “COVID19”[All Fields] OR “COVID-19 pandemic”[All Fields] OR “SARS-CoV-2 infection$”[All Fields] OR “COVID-19 virus disease”[All Fields] OR “2019 novel coronavirus infection$”[All Fields] OR “2019-nCoV infection$”[All Fields] OR “coronavirus disease 2019”[All Fields] OR “coronavirus disease-19”[All Fields] OR “2019-nCoV disease”[All Fields] OR “COVID-19 virus infection$”[All Fields] OR “Coronavirus Infections”[Mesh] OR “Coronavirus Infections”[All Fields] OR “Coronavirus Infection$”[All Fields] OR “Middle East Respiratory Syndrome”[All Fields] OR “MERS (Middle East Respiratory Syndrome)”[All Fields]) AND (“Systemic complications”[Title/Abstract] OR “Systemic complication$”[All Fields] OR “Covid-19 complication$”[All Fields] OR “Covid 19 complication$”[All Fields] OR “Covid19 complication$”[All Fields] OR “SARS-CoV-2 complication$”[All Fields])). A busca foi realizada em 30 de agosto de 2023.

Em adição, foi investigada também a literatura cinzenta, nas fontes Google Scholar, Proquest e OpenGrey e a busca manual na lista de referências dos artigos incluídos.

Os resultados identificados em cada base de dados foram exportados para o EndNote 20 versão desktop para remoção das duplicações. A seguir, os registros foram exportados para o software onlineRayyan(42), para a seleção dos estudos de forma individualizada por dois revisores, por meio da leitura dos títulos e resumos, seguida da seleção do texto na íntegra. Após cada uma das fases de seleção, realizou-se uma reunião de consenso para discussão e alinhamento dos conflitos.

Coleta de dados

A extração dos dados foi conduzida utilizando o instrumento da colaboração Joanna Briggs Institute (JBI)(43) para estudos observacionais, contemplando as seguintes variáveis: país, contexto e local, características dos participantes, grupos, medidas de resultados e descrição dos principais resultados. A coleta foi realizada por dois pesquisadores de forma independente e os conflitos resolvidos com um terceiro revisor.

Análise dos dados

Realizou-se uma síntese qualitativa considerando variáveis dependentes (tipo de complicação sistêmica) e independentes (sexo, faixa etária, presença de comorbidades e achados laboratoriais). Na síntese quantitativa, procedeu-se a uma metanálise de proporção utilizando o método estatístico de Freeman Tukey transformacional de efeito randômico, com intervalo de confiança de 95%. A metanálise foi realizada por meio do software da colaboração JBI(43), agrupando os estudos em cada grupo de acordo com prevalências semelhantes em relação às complicações sistêmicas da COVID-19. As análises envolveram todos os artigos incluídos, independentemente da qualidade metodológica. As complicações sistêmicas da COVID-19 foram classificadas segundo sua etiologia em: neurológicas e respiratórias ou morte.

Para avaliar a qualidade metodológica, utilizou-se a ferramenta proposta pela colaboração JBI(44) para estudos de coorte, que abrange onze questões: os dois grupos eram semelhantes e recrutados na mesma população? As exposições foram medidas de forma semelhante para atribuir as pessoas aos grupos expostos e não expostos? A exposição foi medida de forma válida e confiável? Foram identificados fatores de confusão? Foram declaradas estratégias para lidar com fatores de confusão? Os grupos/participantes estavam livres do desfecho no início do estudo (ou no momento da exposição)? Os resultados foram medidos de forma válida e confiável? O tempo de acompanhamento foi relatado e suficiente para que os resultados ocorressem? O acompanhamento foi completo e, caso contrário, os motivos da perda do acompanhamento foram descritos e explorados? Foram utilizadas estratégias para abordar o acompanhamento incompleto? Foi utilizada análise estatística adequada? Essa avaliação foi realizada por dois revisores de forma independente, sendo as dúvidas discutidas em reuniões para buscar consenso. Para a interpretação da análise foram consideradas a qualidade metodológica geral de cada estudo que é classificada como “Alta”, “Moderada” ou “Baixa”, a partir da contagem ou porcentagem de respostas “Sim” para os itens da ferramenta. Dessa forma, adotamos, para os pontos de corte, até 25% de resposta sim: “alto risco de viés”; de 25 a ≤75%: “moderado” risco de viés; e maior que 75%: “baixo” risco de viés(45).

A certeza da evidência não foi realizada, uma vez que atualmente não existe orientação formal do Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation (GRADE) para revisões sistemáticas de prevalência e incidência(46).

Resultados

A busca identificou 2393 registros, sendo 97 da PubMed, 417 da Web of Science Core Collection, 556 da LILACS, 450 da Scopus, 501 da EMBASE, 26 da Cinahl, 100 do Google Scholar, 246 da ProQuest e nenhum da OpenGrey. Após a remoção das duplicatas e considerando os critérios de elegibilidade, resultaram 10 estudos de coorte. A Figura 1 mostra o fluxograma do processo de seleção dos estudos incluídos na revisão sistemática.

Figura 1 -
Fluxograma de seleção dos estudos incluídos na revisão sistemática adaptado do Preferred Reporting Items for Systematic Review and Meta-Analyses (PRISMA) (n = 10), 2020-2024

A síntese dos 10 estudos descreve a identificação do estudo, país de realização, contexto, características dos participantes, grupos, medidas de resultados e principais resultados e podem ser visualizados em https://doi.org/10.48331/scielodata.4BEZDJ.

As proporções de ocorrências das complicações sistêmicas da COVID-19 estão descritas nas Figuras 2, 3 e 4.

A Figura 2 mostra a metanálise de sete artigos que tratavam das complicações respiratórias por COVID-19. Foi possível observar uma prevalência média (meta-prevalence) de 42%, (IC95% 0,2- 0,66) com heterogeneidade I2=97,4.

Figura 2 -
Metanálise de sete artigos que tratavam da prevalência de complicações respiratórias por COVID-19, 2020-2024

A Figura 3 mostra a metanálise de quatro artigos que envolveram a prevalência das complicações neurológicas por COVID-19. Observa-se uma prevalência média (meta-prevalence) de 62%, (IC95% 0,49- 0,74) com heterogeneidade I2=87,4

Figura 3 -
Metanálise de quatro estudos que mostraram a prevalência de complicações neurológicas por COVID-19, 2020-2024

A Figura 4 evidencia a metanálise de oito estudos que mostraram a prevalência da mortalidade por COVID-19. Pode-se observar uma prevalência média (meta-prevalence) de 33%, (IC95% 0,23- 0,44) com heterogeneidade I2=93,6.

Figura 4 -
Metanálise de oito estudos que mostraram a prevalência da mortalidade por COVID-19, 2020-2024

A heterogeneidade foi avaliada pela inconsistência (I²) que descreve a variação percentual a eles atribuída além do acaso. Os pontos de corte considerados foram: 25% baixa; 50% moderada, e 75% alta heterogeneidade, com valor de p<0,05(47).

Com relação à avaliação da qualidade metodológica dos estudos de coorte incluídos, 10% apresentaram qualidade metodológica alta e 90% qualidade moderada, ou seja 10% dos estudos tem “baixo” risco de viés e 90% “moderado” risco de viés (Figura 5).

Figura 5 -
Avaliação da qualidade metodológica dos estudos de coorte incluídos (n = 10), 2020-2024

Discussão

Esta revisão sistemática teve como pergunta qual a prevalência de complicações sistêmicas da COVID-19 em pacientes críticos e, dessa forma, encontrou-se como resposta que as complicações respiratórias e neurológicas foram as mais prevalentes nos estudos revisados, indicando que pacientes críticos com COVID-19 podem apresentar maior risco de desenvolver essas complicações.

Dos 10 estudos incluídos na revisão sistemática, três foram produzidos na Europa(48-50), três na Ásia(51-53), um na América Central(54), um na América do Norte(55) e dois na América do Sul(56-57), caracterizando a COVID-19 como uma pandemia com reflexos de gravidade em vários países e regiões do mundo.

As publicações mais antigas datam de 2020, ano de início da emergência sanitária(58). O número de participantes dos estudos de coorte incluídos totalizou 1143 pessoas, com média de 62 anos, predominantemente do sexo masculino. Na maioria dos estudos, os pacientes apresentaram pelo menos uma comorbidade, sendo as mais prevalentes a hipertensão arterial, DM, obesidade e doenças cardíacas.

Com relação às manifestações pulmonares na COVID-19, estas podem manifestar-se de forma leve, moderada ou grave. Na forma leve, sintomas como dores no corpo, tosse ou febre leve podem estar presentes. Na forma moderada, a doença pode se apresentar como uma pneumonia leve, associada aos outros sintomas. Já a forma grave da doença pode ser caracterizada por pneumonia grave e hipóxia. Em casos críticos que apresentam hipóxia significativa e falência de órgãos, pode ser necessária internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com suporte ventilatório mecânico(52,59-60).

Os estudos identificados nesta revisão sistemática revelaram que a ventilação mecânica foi iniciada com maior frequência em pacientes com doenças graves em comparação com aqueles com doenças não graves (ventilação não invasiva, 32,4% versus -vs 0%; ventilação invasiva, 14,5% vs 0%)(51). Um estudo que envolveu 168 pacientes gravemente doentes com COVID-19 (média de idade de 65 anos, 66% do sexo masculino), indicou que a hipertensão arterial foi a comorbidade mais frequente, afetando 52,4% dos pacientes(56). Desses, 67,9% necessitaram de Ventilação Mecânica Invasiva (VMI), e nenhum foi tratado com ventilação não invasiva. A maioria dos pacientes sob VMI (73,7%) precisou de bloqueio neuromuscular devido à hipoxemia grave e 36% foram ventilados em posição prona. A permanência média na UTI foi de 13 dias, com uma taxa de mortalidade de 25%. O estudo evidenciou que a ventilação mecânica estava associada com as maiores chances de desenvolver delirium (OR: 42,1; IC95%: 13,0-137,1), com uma mortalidade de 26,4% nos pacientes com delirium em comparação com 15,8% nos pacientes sem tal distúrbio(55).

Entre 710 pacientes com pneumonia por SARS-CoV-2, 52 adultos gravemente doentes foram incluídos. A média de idade foi de 59,7 anos, sendo 67% homens e 40% com doenças crônicas. A maioria dos pacientes (61,5%) faleceu em 28 dias, com mediana de 7 dias desde a admissão na UTI até a morte para os não sobreviventes. Comparados aos sobreviventes, os não sobreviventes eram mais velhos, tinham maior probabilidade de desenvolver Síndrome Respiratória Aguda [26 (81%) pacientes vs 9 (45%) pacientes] e maior probabilidade de receber ventilação mecânica [30 (94%) pacientes vs 7 (35%) pacientes], invasiva ou não invasiva. A maioria dos pacientes apresentava disfunção orgânica, incluindo Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) (67%), lesão renal aguda (29%), doença cardíaca (23%), disfunção hepática (29%) e pneumotórax (2%). Trinta e sete (71%) necessitaram de VMI, e sete (13,5%) desenvolveram infecção hospitalar(52).

Essa associação também foi evidenciada em um estudo em que os casos mais graves de COVID-19 ocorrem em pacientes idosos, hipertensos e obesos, com um aumento significativo da mortalidade quando associados à doença renal(57).

Outro estudo mostrou que 30% dos pacientes necessitaram de VMI, sendo todos com idade igual ou superior a 65 anos e predominantemente do sexo feminino(54). Destes, 83,3% faleceram (5), sendo que quatro apresentaram SDRA grave ou moderada (RR 16,7) de acordo com a classificação de Berlim. A média de pressão positiva expiratória final ideal (PEEP) utilizada foi de 16,5 (DP=2,1) cmH2O (IC 15,6-17,4), com a modalidade ventilatória inicial sendo ventilação controlada por volume (VCV). Em um dos casos, adotou-se a posição em decúbito ventral após as primeiras 12 horas de admissão na UTI. A posição prona foi contraindicada nos demais casos devido à instabilidade hemodinâmica. O paciente que obteve sucesso no desmame ventilatório utilizou o modo Bipressão positiva (BiPAP), o que resultou em menores necessidades de sedação e relaxamento muscular, além de um tempo menor de VMI (5 dias), apesar da idade avançada. Não foi empregada ventilação não invasiva.

A metanálise de prevalência das complicações respiratórias foi de 42% (IC:0,39-0,46, I2:98), resultando na necessidade de VMI, em uma população total de 704 pacientes internados em UTI. A revisão sistemática(61), elaborada com objetivo de entender se as apresentações e manifestações da COVID-19 limitaram-se, exclusivamente, às manifestações pulmonares, identificou a incidência de 33% de Síndrome Respiratória Aguda.

Com relação às complicações neurológicas, as evidências provenientes de uma revisão sistemática(62) indicaram que as manifestações neurológicas mais comuns associadas à COVID-19 incluíram mialgia, cefaleia, alteração sensorial, hiposmia e hipogeusia. Além disso, manifestações raras do sistema nervoso central, como acidente vascular cerebral isquêmico, hemorragia intracerebral, encefalomielite e mielite aguda, bem como manifestações nervosas periféricas, como síndrome de Guillain-Barré e paralisia de Bell, e manifestações musculares esqueléticas, como rabdomiólise, também foram observadas. Relatórios recentes sugerem que o dano hipóxico-isquêmico pode ser a principal causa dos sintomas neurológicos em pacientes com COVID-19(63).

Os estudos incluídos nesta revisão sistemática identificaram o delirium como a complicação neurológica mais comum. Em um dos estudos(48) não foi observada associação entre o delirium e a duração da ventilação mecânica. Por outro lado, outro trabalho(56) indicou uma menor incidência desse agravo em pacientes não submetidos à ventilação mecânica (23, 42,5%) em comparação aos pacientes em ventilação mecânica (61, 89,7%). Uma investigação(55) revelou que o delirium ocorreu em 73,6% dos pacientes e que a ventilação mecânica esteve associada às maiores chances de desenvolvimento de delirium ou coma em 76,4% (110/144). Sessenta e três por cento dos pacientes foram positivos para delirium (OR: 42,1, IC95%: 13,0-137,1).

Outra pesquisa(53) mostrou que, entre 52 pacientes de UTI com COVID-19, a média de idade foi de 73 anos, sendo que 19 (36,5%) tinham comorbidades neurológicas preexistentes. Complicações neurológicas de início recente ocorreram em 23 (44,2%) pacientes durante a internação na UTI. Aqueles com comorbidades neurológicas preexistentes necessitaram de traqueostomia com mais frequência, além de mais dias de ventilação e permanência na UTI, em comparação com os sem comorbidades.

A metanálise da prevalência de complicações neurológicas, envolvendo 458 pacientes internados em UTI, revelou uma prevalência elevada de 62% (IC:0,49-0,74, I2:87,4).

A revisão sistemática com metanálise(64) evidenciou os fatores de risco para mortalidade na COVID-19, incluindo um total de 14 estudos com 29.909 pacientes infectados pelo vírus, registrando 1.445 casos de morte. O estudo revelou associações significativas entre idade avançada (≥65 vs <65 anos) (OR agrupadas = 4,59, IC95% = 2,61–8,04, p < 0,001), sexo masculino em comparação ao feminino (OR agrupadas = 1,50, 95% ICs = 1,06–2,12, p = 0,021), e o risco de morte por infecção por COVID-19.

Adicionalmente, condições como hipertensão (OR agrupada = 2,70, IC95% = 1,40–5,24, p = 0,003), doenças cardiovasculares (DCV) (OR agrupada = 3,72, IC 95% = 1,77–7,83, p = 0,001), DM (OR agrupadas = 2,41, IC95% = 1,05–5,51, p = 0,037), doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) (OR agrupadas = 3,53, IC95% = 1,79–6,96, p < 0,001), e câncer (OR agrupados = 3,04, IC95% = 1,80–5,14, p < 0,001) mostraram-se associadas a um maior risco de mortalidade(64).

Já a pesquisa(49) mostrou uma porcentagem maior de complicações durante a internação de pacientes com pneumonia pneumocócica bacteriêmica durante a internação. Em contraste, os pacientes com pneumonia por SARS-CoV-2 apresentaram maior taxa de mortalidade hospitalar (10,8% vs 6,8%; P=0,004) e maior tempo de internação hospitalar.

Em pacientes com pneumonia por SARS-CoV-2, os preditores de mortalidade hospitalar foram: idade ≥65 anos (OR 4,777, IC95% 2,814–8,111; P<0,001); doença cardíaca (OR 1,587, IC95% 1,007–2,341; P=0,02); doença hepática (OR 2,365, IC95% 1,199–4,662); estado mental alterado (OR 2,464, IC95% 1,586–3,827; P<0,001); frequência respiratória ≥30 respirações/min (OR 2,117, IC95% 1,362–3,289; P<0,001); hipoxemia (OR 1,599, IC95% 1,045–2,447; P=0,03); nitrogênio ureico no sangue ≥30 mg/dL (OR 1,864, IC95% 1,236–2,81; P=0,003); neutrofilia (cada aumento de 10.000 unidades na contagem de neutrófilos/μL) (OR 1,052, IC95% 1,018–1,086; P=0,002); envolvimento pulmonar bilateral (OR 1,868, IC95% 1,142–3,056; P=0,013); derrame pleural (OR 2,894, IC95% 1,282–6,536; P=0,011), e choque séptico (OR 2,781, IC95% 1,703–4,542; P<0,001). Sete dias ou mais de sintomas na admissão foram fatores de proteção contra mortalidade (OR 0,464, IC95% 0,314–0,685; P<0,001.

Os resultados desta revisão corroboram com a análise de estudo(64), uma vez que todos os incluídos destacaram fatores de risco, com predomínio do sexo masculino. Em sete (70%) das pesquisas, os pacientes apresentaram pelo menos uma comorbidade, com predominância da hipertensão, DM, obesidade, doenças cardíacas e pulmonares. A metanálise de prevalência de mortalidade nesta revisão sistemática para COVID-19 foi de 33% (IC:0,23-0,44, I2:93,6), envolvendo uma população de 2215 pacientes internados em UTI.

Outro estudo(50) que avaliou a incidência de complicações trombóticas e a mortalidade geral em pacientes com COVID-19 internados em UTI durante a primeira e segunda onda da pandemia, revelou que, dos 358 pacientes internados em UTI, 144 pacientes faleceram (15%). A incidência cumulativa ajustada de todas as complicações trombóticas após 10, 20 e 30 dias foi de 12% (intervalo de confiança (IC) de 95% 9,8–15%), 16% (13–19%) e 21% (17–25%), respectivamente. As características dos pacientes entre a primeira e a segunda onda foram comparáveis. A taxa de risco ajustada (HR) para mortalidade geral na segunda onda vs a primeira onda foi de 0,53 (IC95% 0,41–0,70). O HR ajustado para qualquer complicação trombótica na segunda onda vs. a primeira foi de 0,89 (IC95% 0,65–1,2). Em conclusão, observou-se uma redução de 47% na mortalidade na segunda onda, mas a taxa de complicações trombóticas permaneceu elevada e comparável à primeira onda. Ressalta-se a necessidade de cuidados cautelosos e a garantia de uma tromboprofilaxia adequada.

Um outro aspecto importante é a admissão do paciente na unidade de emergência. Um estudo(65) identificou a importância do uso da classificação de risco no momento da admissão, em que pacientes com COVID-19, que tiveram pontuações de alerta precoce modificadas maiores que 4, estavam associados às categorias urgente, muito urgente e emergencial e tiveram maior deterioração clinica como insuficiência respiratória e choque, evoluindo mais para óbito. Isso mostra que o protocolo de risco priorizou corretamente os pacientes com risco de morte.

Quanto às limitações do estudo, esta revisão sistemática não incluiu textos no idioma mandarim, pois não foram encontrados na equipe pesquisadores que dominam o idioma. Outra limitação foi a heterogeneidade alta dos estudos encontrados na metanálise, a qual atribuímos ao conjunto de complicações analisadas pelos artigos. Talvez uma lacuna do conhecimento seria estudos de coorte com apenas um tipo de complicação. Além disso, a maioria dos estudos apresentaram moderado risco de viés; apenas um mostrou baixo risco de viés, portanto existe uma lacuna de estudos com métodos mais rigorosos.

Esta revisão sistemática proporciona uma contribuição significativa para o avanço do conhecimento sobre as complicações sistêmicas em pacientes internados em UTI. Ao apresentar evidências detalhadas sobre a prevalência de complicações respiratórias, neurológicas e mortalidade, juntamente com a identificação de seus fatores de risco, a revisão serve como um instrumento valioso para orientar os profissionais de saúde no planejamento e na prestação de assistência a essa população crítica. As informações reunidas neste estudo têm o potencial de aprimorar as práticas clínicas, promovendo uma abordagem mais informada e eficaz no cuidado aos pacientes com COVID-19 em estado crítico.

Conclusão

As complicações respiratórias e neurológicas destacaram-se como as mais prevalentes entre pacientes críticos acometidos pela COVID-19 nos estudos revisados. Os fatores de risco significativos para complicações e mortalidade relacionadas à COVID-19, como sexo masculino e as comorbidades hipertensão, DM, obesidade, além de doenças respiratórias e cardíacas, estiveram consistentemente presentes na maioria dos estudos analisados. Os achados ressaltam a importância da identificação precoce e gestão cuidadosa desses fatores de risco para melhorar os resultados clínicos em pacientes críticos com COVID-19.

Esta revisão fornece evidências que podem guiar a prática dos profissionais de saúde, destacando os principais fatores de risco associados às complicações respiratórias e neurológicas em pacientes críticos com COVID-19. Os resultados oferecem subsídios valiosos para aprimorar a prevenção e o manejo dessas condições, contribuindo para a formulação e implementação de uma assistência mais eficaz.

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  • *
    O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) - Código de Financiamento 001, Brasil.
  • Como citar este artigo
    Sawada NO, Reis TM, Freitas PS, Moraes CM, Peloso-Carvalho BM, Assunção MRS, et al. Prevalence of systemic complications of COVID-19 in critically ill patients: systematic review with meta-analysis. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2025;33:e4608 [cited]. Available from: . https://doi.org/10.1590/1518-8345.7568.4608

Editado por

  • Editora Associada:
    Maria Lúcia Zanetti

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    11 Jul 2025
  • Data do Fascículo
    2025

Histórico

  • Recebido
    26 Jun 2024
  • Aceito
    16 Fev 2025
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