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El cuerpo rehen de si mismo. Aspectos fenomenológicos de la anorexia mental

A análise fenomenológica da anorexia mental mostra que este processo pode desenvolver-se no meio de diversas estruturas. Assim, descreve-se a estrutura antagonista na qual mãe e filha se opõem; a forma feminista na qual a anorexia é apresentada como uma maneira particular de retorno não só à diferença física – fundamentalmente de “diferença radical dos sexos” – mas também de retorno à condição da existência feminina vivida como injusta; a estrutura ascética, de rebelião contra o ser-no-mundo atual; a forma sacrificial, a forma existencial etc. O eidos, no sentido de Husserl, da anorexia mental, comum às diferentes formas clínica residiría em tomar seu próprio corpo como refém. A paciente empreende uma luta obstinada não só contra a hybris paterna, contra a ansiedade materna, mas também contra os esforços dos terapeutas.

Também são apresentadas modalidades passageiras e fugazes. Porém, às vezes o próprio fato de existir provoca a revolta: incapaz de esquivar-se da dupla violência, – a violência dos outros e a de sua existência – em casos graves a paciente mantém seu corpo como refém para opor-se a essa vida com a qual não quer construir sua história.

Psicanálise; corpo; anorexia mental; violência


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