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Relação entre palavra, imagem e coisa no processo de subjetivação

Este artigo apresenta uma reflexão a propósito da sobreposição semiológica e da repressão da imagem na conceituação do signo linguístico. Depois de Freud, uma leitura lacaniana - e uma reinterpretação de Lacan - possibilita reformular a reflexão sobre as relações entre a palavra, a imagem e a Coisa. A partir destes três registros, do simbólico, do imaginário e do real, pode-se pensar no funcionamento da imagem como signo desde que ela solicite a articulação de um texto do qual possa, num dado momento, tornar-se o significado. A imagem guarda, todavia, uma liberdade fundamental em relação ao que o texto não pode dizer. O artigo conclui com algumas considerações sobre as fronteiras instáveis entre a palavra e a imagem: processos nos quais às vezes o significante é tratado como uma imagem, às vezes a imagem se aproxima do significante sem que nele se torne e às vezes derrota o significante para libertá-lo, remotivá-lo e representá-lo.

Palavras-chave:
Sujeito; simbólico; imaginário; real


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