Este estudo apresenta reflexões acerca de uma intervenção clínica no campo das toxicomanias, realizada a partir de uma Oficina de Escrita com pacientes internos num Centro de Recuperação para Alcoolistas e Drogados. Mediante a análise de dois textos produzidos na Oficina, examinaremos as toxicomanias como um lugar discursivo que evoca os conflitos de uma cultura. Também discutiremos a construção de narrativas como uma forma de representação de uma determinada condição subjetiva. A escrita assume um estatuto clínico à medida que possibilita uma inscrição subjetiva, constituindo-se num registro de um outro corpo, composto por recortes pulsionais. Essa abordagem é sustentada por referências bibliográficas da psicanálise freudiano-lacaniana.
Toxicomanias; escrita; corpo; imaginário