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Produção de ácido L-glutâmico a partir de um hidrolisado de amido de mandioca usando resina de troca iônica

Pesquisas foram realizadas com o objetivo de produzir ácido glutâmico a partir de Brevibacterium sp. utilizando um substrato disponível na região, a mandioca (Manihot esculenta Crantz). Estudos iniciais, desenvolvidos em shaker, demonstraram que mesmo obtendo elevado rendimento com 85-90 DE (Dextrose Equivalent value), a taxa de conversão máxima (~34%) foi obtida usando um hidrolisado de amido parcialmente digerido, i.e. 45-50 DE. As fermentações foram realizadas em um fermentador de 5 L, usando um hidrolisado de amido de mandioca adequadamente diluído, preparado à partir de um valor DE de 85-90. O meio enriquecido com nutrientes resultou em um acúmulo de 21 g/L de ácido glutâmico, com uma elevada (66,3%) taxa de conversão da glicose em ácido glutâmico (baseada em glicose consumida e em uma taxa de conversão teórica de 81,74%). As condições mais favoráveis, levando à uma máxima produção, foram pH 7.5, temperatura 30°C e agitação de 180 rpm. Quando a fermentação foi conduzida em um reator do tipo descontinuo alimentado, onde a concentração de açúcares redutores era mantida em 5% w/v, foram obtidos 25.0 g/L de glutamato após 40 h (16% a mais do que no modo descontinuo). Para a recuperação e purificação do ácido glutâmico, foi utilizada a separação por cromatografia com resina de troca inônica. O ácido foi posteriormente cristalizado e separado, levando-se em consideração a sua baixa solubilidade no ponto isoelétrico (pH 3.2).

Brevibacterium sp; L-ácido glutâmico; hidrolisado de mandioca; processo batch e fed-batch; resina de troca iônica; purificação


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