RESUMO
Objetivo
Avaliar a qualidade protéica e a biodisponibilidade de ferro de uma mistura fortificadora a base de fígado suíno.
Métodos
Foram determinados coeficiente de eficácia protéica, retenção protéica líquida, digestibilidade verdadeira e de eficiência da regeneração de hemoglobina (depleção e repleção). Na fase de depleção os animais (ratos da linhagem Wistar) receberam dieta (AIN–93G) isenta de ferro e na fase de repleção receberam as dietas: padrão AIN–93G (dietas padrão AIN–93G), mistura fortificadora e dieta-padrão com sulfato ferroso heptahidratado para comparação.
Resultados
Para dietas padrão AIN-93G e mistura fortificadora os resultados foram respectivamente 3,75 e 4,04 para coeficiente de eficácia protéica e 3,53 e 3,63 para retenção protéica líquida mostrando que a presença de fígado suíno promoveu aumento dos valores de coeficiente de eficácia protéica e retenção protéica líquida (sem diferença estatística). Resultados de digestibilidade verdadeira obtidos com a dieta mistura fortificadora (97,16%) foram maiores do que os obtidos com a dietas padrão AIN-93G (caseína), também sem diferença estatística. Os resultados de eficiência da regeneração de hemoglobina para dietas padrão AIN-93G, mistura fortificadora e sulfato ferroso heptahidratado foram respectivamente 50,69; 31,96 e 29,96% apresentando diferença estatística significativa entre a amostra controle (dietas padrão AIN-93G) e as amostras testes (mistura fortificadora e sulfato ferroso heptahidratado), porém não entre as amostras testes.
Conclusão
A mistura fortificadora se mostrou com alto coeficiente de eficácia protéica (4,04) e alto valor biológico relativo (108%) podendo ser adicionada às sopas, cremes, carnes em creches na prevenção e controle da anemia ferropriva em crianças em idade escolar.
Palavras-chave
Estratégia alimentar; Ferro; Micronutrientes; Proteína