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Análise epidemiológica do aumento gengival induzido por nifedipina e fenitoína em usuários da Atenção Primária à Saúde

OBJETIVO: Avaliar a prevalência dos aumentos gengivais medicamentosos em usuários brasileiros de nifedipina e fenitoína e determinar a presença de fatores preditores/modificadores. METODOLOGIA: Dados demográficos, farmacológicos e periodontais foram obtidos de 100 pacientes usuários da Atenção Primária no Vale do Jequitinhonha que usavam nifedipina e/ou fenitoína. Avaliações clínicas, incluindo a análise do aumento gengival, foram feitas por um avaliador calibrado. Análises bivariadas (teste do qui-quadrado ou teste t de Student) foram usadas para identificar fatores demográficos, periodontais e medicamentosos que apresentassem associação com a severidade do aumento gengival. Foi utilizada análise multivariada (regressão de Poisson) para estimar a razão de prevalência e intervalo de 95% de confiança para identificar os fatores de risco associados ao desenvolvimento do AG. RESULTADOS: A prevalência do aumento gengival foi elevada (86%), mas a gravidade mais comumente observada foi a leve. A prevalência foi maior em usuários de fenitoína do que de nifedipina (P=0.01). Não houve associação entre aumento gengival e as variáveis demográficas, farmacológicas e periodontais. CONCLUSÃO: A alta prevalência do aumento gengival medicamentoso entre os usuários de nifedipina e fenitoína enfatiza a importância do cirurgião dentista no diagnóstico, prevenção e controle dessa alteração.

Nifedipina; fenitoína; hiperplasia gengival; atenção primária em saúde


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