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The anatomy of neotropical galls and the untold lessons about the morphogenetical potentialities of plants

Resumo

Anatomistas vegetais percebem o corpo da planta como resultado de processos dinâmicos e complexos que podem ser desviados ao longo do desenvolvimento da galha. Este desenvolvimento envolve respostas locais, mas em um continuum morfofisiológico com o órgão hospedeiro, o que pode ser estudado do ponto de vista anatômico. Revisitamos a história das galhas no Brasil, suas potencialidades morfogenéticas e integração com abordagens entomológicas, químicas, fisiológicas e ecológicas. No Brasil, espécies de Fabaceae, Myrtaceae, Melastomataceae e Asteraceae são as principais hospedeiras de diversos morfotipos de galhas classificados com base em suas formas tridimensionais. Ferramentas anatômicas usadas para mapear o destino de células e tecidos nas galhas revelam o potencial dos sistemas de tecidos vegetais para superexpressar ou inibir o desenvolvimento vegetal padrão. Técnicas anatômicas, citológicas, histoquímicas e imunocitoquímicas aprofundadas expandiram o conhecimento das características das galhas e das respostas das células vegetais. As galhas hospedadas em folhas, caules, raízes e órgãos reprodutivos têm especialização tecidual consistente nos sistemas de tecido dérmico e fundamental, com o sistema vascular das galhas conectado àqueles da planta hospedeira. Devido a diversos estressores impostos aos tecidos vegetais, a anatomia das galhas revela respostas adaptativas que podem ser abordadas por diversas perspectivas, incluindo iniciativas de ciência cidadã.

Palavras-chave:
destinos celulares; ontogênese; estrutura e função

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