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Risco familiar como elemento para organização da demanda em saúde bucal na Estratégia Saúde da Família

Introdução

Um dos principais problemas dos serviços públicos de saúde, em que a equipe de saúde bucal da família está inserida, é o acesso dos usuários ao tratamento odontológico na atenção primária, principalmente no que se refere à doença cárie.

Objetivo

O objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre risco familiar – para priorização de visitas domiciliares – e condições de saúde bucal, visando a prover evidência sobre o primeiro indicador para organização da demanda em saúde bucal, na Estratégia Saúde da Família (ESF).

Método

A verificação do risco familiar baseou-se na ficha A do SIAB, utilizada para o cadastramento das famílias na ESF. Onze cirurgiões dentistas examinaram as condições de saúde bucal de 1165 pessoas (608 de 12 a 19 anos e 557 de 35 a 44 anos de idade), classificando-as em seis códigos de A a F. Empregou-se a regressão logística multinomial (α=0,05) para análise da associação entre as variáveis de risco familiar e a situação de saúde bucal.

Resultado

Houve associação significativa entre risco familiar e presença da doença cárie com necessidade de tratamento (OR: 2,08; p<0,0001).

Conclusão

As pessoas que possuem risco familiar teriam duas vezes mais chance de apresentar a doença cárie em comparação às sem risco, corroborando a relevância deste elemento na organização da demanda em saúde bucal.

Atenção primária à saúde; saúde bucal; risco; saúde da família


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