OBJETIVO:
Mensurar a prevalência de provável bruxismo do sono e em vigília e de hiperestesia dentinária cervical de estudantes universitários e verificar os sintomas a eles associados.
METODOLOGIA:
Este é um estudo transversal, cujo diagnóstico de provável bruxismo foi realizado pelo relato dos estudantes em ranger e/ou apertar os dentes durante o sono e em vigília combinado com o diagnóstico clínico de desgaste dentário e dor da musculatura do masseter à palpação. O diagnóstico de hipersensibilidade dentinária cervical foi realizado por testes de sensibilidade ao toque com sonda exploradora e a jato de ar da seringa tríplice. A amostra consistiu de 306 universitários entre 19 a 35 anos. Os dados foram armazenados e analisados no programa SPSS v.15.0 for Windows.
RESULTADO:
A prevalência de provável bruxismo foi de 34,3%, não havendo predominância entre os gêneros. O provável bruxismo em vigília foi o mais predominante (61,9%), ocorrendo principalmente quando o indivíduo estava em estado de concentração (63,1%). Não houve uma associação entre provável bruxismo do sono e em vigília e hiperestesia dentinária (p=0,195). Os indivíduos com provável bruxismo do sono possuíram maior chance de acordar com dor nos músculos da face (OR=14,14, IC95% 5,06-39,55) e com provável bruxismo em vigília maior chance de cansaço muscular facial ao mastigar ou falar por muito tempo (OR=2,88, IC95% 1,53-5,43) e dor nos músculos da face ao acordar (OR=5,31, IC95% 1,93-14,62).
CONCLUSÃO:
A prevalência de provável bruxismo foi 34,3% e de HDC 57,8%, com 22,2% destes também apresentando provável bruxismo, mas sem associação estatística. Indivíduos com provável bruxismo tendem a ter maior risco de apresentar dores faciais ao acordar e cansaço muscular facial ao falar e mastigar por muito tempo. Não houve associação entre provável bruxismo do sono e em vigília e hipersensibilidade dentinária cervical.
Bruxismo; sensibilidade da dentina; prevalência; análise multivariada
