Introdução :
Diversos estudos têm investigado as diferenças dos parâmetros salivares e microbianos entre pacientes diabéticos e não diabéticos, contudo, diferenças específicas ainda não estão claras, principalmente devido aos efeitos de variáveis de confusão.
Objetivo:
O objetivo deste estudo caso-controle foi avaliar os parâmetros salivares e microbianos de indivíduos com doença periodontal crônica com ou sem diagnóstico de diabetes melito tipo 2.
Material e método:
Este estudo caso-controle incluiu 60 indivíduos com periodontite crônica, 30 diabéticos (casos) e 30 não diabéticos (controles), pareados pela severidade da doença periodontal, gênero e idade. Saliva total estimulada foi coletada de todos os voluntários para mensuração do pH salivar e fluxo salivar. Amostras bacterianas foram coletadas com pontas de papel absorvente dos sítios periodontais com maior profundidade de sondagem e perda de inserção clínica. A frequência de A. actinomycetemcomitans, P. intermedia, P. gingivalis, T. forsythia e C. rectusfoi avaliada por PCR. Os dados foram analisados estatisticamente pelo teste t de Student, Mann -Whitney e Qui-quadrado (p < 0,05).
Resultado:
Diabéticos apresentaram maior nível de glicose salivar e menor fluxo salivar em comparação aos não diabéticos. P. gingivalis e T. forsythia foram os patógenos mais frequentes (p < 0,05). Frequência bacteriana não diferiu entre os casos e controles.
Conclusão:
A condição diabetes influenciou o fluxo e os níveis de glicose salivar. Dentro da mesma severidade da periodontite crônica, indivíduos diabéticos não mostraram maior frequência de patógenos periodontais em comparação aos seus controles.
Saliva; bactérias; periodontite crônica; diabetes mellitus