Resumo
Objetivo
Avaliar o comportamento do tecido gengival após a instalação de implantes imediatos em função imediata, por meio de (1) medidas clínicas diretas de altura e espessura da margem de tecido mole peri-implantar, (2) medidas de altura gengival em fotografias, e (3) percepção de profissionais da área de odontologia em relação a parâmetros estéticos.
Material e método
O estudo incluiu 8 pacientes com incisivo central ou lateral indicados para extração. Medidas diretas de altura e espessura da margem de tecido mole peri-implantar foram realizadas imediatamente antes da extração (T0) e 1 (T1), 4 (T2), 8 (T3) e 12 (T4) meses após a instalação de implante sem abertura de retalho. Fotografias foram tiradas nos mesmos tempos. Um questionário foi respondido por Implantodontistas em relação à percepção visual dos mesmos sobre coloração, arquitetura da margem de tecido mole peri-implantar e harmonia na região do implante usando fotografias obtidas no T4.
Resultado
Os resultados clínicos mostraram alterações significantes na altura da margem de tecido mole peri-implantar, mas nas fotografias não foi observada diferença estatisticamente significante para essa mesma medida. A espessura da gengiva inserida se manteve durante todo o período de observação. Dos profissionais entrevistados, 35,2% observaram coloração alterada na região do implante, 39,8% identificaram alteração na arquitetura da margem de tecido mole peri-implantar e 12,5% alteração na harmonia da margem de tecido mole peri-implantar.
Conclusão
Os tecidos moles ao redor de implantes imediatos sofreram alterações durante o período estudado, mas não afetaram o resultado estético e na opinião dos profissionais os resultados foram satisfatórios.
Descritores:
Implantes dentários; maxila; estética