OBJETIVO: Analisar a melhor evidência disponível nos últimos 15 anos com relação aos benefícios da terapia adjuvante com dexametasona na meningite bacteriana em população pediátrica. FONTES DE DADOS: Das bases de dados Medline, Lilacs e SciELO, foram analisados ensaios clínicos randomizados de 1996 a 2011, os quais comparavam a dexametasona ao placebo e/ou a outra terapia adjuvante em pacientes com meningite bacteriana diagnosticada laboratorialmente por critérios quimiocitológicos e/ou bacteriológicos, na faixa etária de 29 dias aos 18 anos. Os desfechos avaliados foram mortalidade e ocorrência de sequelas neurológicas e/ou auditivas. Foram excluídos estudos relacionados à meningite tuberculosa. SÍNTESE DOS DADOS: Com os critérios utilizados, foram identificadas cinco publicações correspondentes a quatro protocolos de estudo. Nenhum dos estudos mostrou diferenças entre a dexametasona e o placebo para os desfechos avaliados. Os estudos analisados tiveram alta qualidade (escore de Jadad et al=5). CONCLUSÕES: As evidências encontradas na literatura são insuficientes para indicar de forma rotineira o uso da dexametasona como terapia adjuvante para redução de mortalidade, perda auditiva e sequelas neurológicas em pacientes pediátricos com meningite bacteriana não tuberculosa.
meningite bacteriana; dexametasona; surdez; mortalidade