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Efeito da interação com palhaços nos sinais vitais e na comunicação não verbal de crianças hospitalizadas

Resumo

Objetivo:

Comparar a comunicação não verbal das crianças antes e durante a interação com palhaços e comparar os sinais vitais antes e após essa interação.

Métodos:

Estudo intervenção não controlado, transversal, quantitativo, com crianças internadas em um hospital público universitário. A intervenção foi feita por alunos de medicina vestidos como palhaços e incluiu truques de mágica, malabarismo, canto com as crianças, bolhas de sabão e encenações cômicas. O tempo de intervenção foi de 20 minutos. Os sinais vitais foram avaliados em duas mensurações com um intervalo de um minuto imediatamente antes e após a interação. A comunicação não verbal foi observada antes e durante a interação por meio do Quadro de Modelos Não Verbais de Comunicação, instrumento em que os comportamentos não verbais são avaliados em efetivos ou ineficazes nas interações.

Resultados:

A amostra foi de 41 crianças com média de 7,6±2,7 anos, a maioria tinha entre 7-11 anos (n=23; 56%) e era do sexo masculino (n=26; 63,4%). Houve diferença estatisticamente significativa na pressão arterial sistólica e diastólica, na dor e nos comportamentos não verbais das crianças com a intervenção. As pressões arteriais sistólicas e diastólicas aumentaram e as escalas de dor mostraram diminuição na sua pontuação.

Conclusões:

A interação lúdica com palhaços pode ser um recurso terapêutico para minimizar os efeitos do ambiente estressor durante a intervenção, melhorar o estado emocional das crianças e diminuir a percepção de dor.

PALAVRAS-CHAVE
Comunicação não verbal; Terapia do riso; Sinais vitais

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