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Flutter atrial neonatal após inserção de cateter umbilical intracardíaco

RESUMO

Objetivo:

Descrever um caso de flutter atrial neonatal após a inserção de um cateter venoso umbilical intracardíaco, relatar sua evolução clínica e fazer uma revisão bibliográfica sobre o tema.

Descrição do caso:

Recém-nascido pré-termo tardio de 35 semanas de idade gestacional, filho de mãe diabética, grande para a idade gestacional, com desconforto respiratório precoce e risco para infecção neonatal, que necessitou de cateterização venosa umbilical. Após o procedimento, o paciente apresentou taquicardia. A radiografia torácica evidenciou posição intracardíaca inadequada do cateter umbilical, que foi tracionado, e o neonato permaneceu taquicárdico. O eletrocardiograma permitiu o diagnóstico de flutter atrial. Por conta da instabilidade hemodinâmica foi feita cardioversão elétrica, com sucesso.

Comentários:

A relação entre arritmias atriais e cateteres umbilicais mal posicionados tem sido descrita na literatura, mas, nesse caso, vale ressaltar o fato de o paciente ser filho de mãe diabética, o que consiste em outro fator de risco para as arritmias cardíacas. O flutter atrial isolado é uma taquiarritmia rara no período neonatal. O seu reconhecimento é fundamental para um tratamento precoce e para evitar complicações sistêmicas e até mesmo fatais.

PALAVRAS-CHAVE
Flutter atrial; Cateteres; Recém-nascido

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