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Escherichia coli enteroagregativa como agente provocador de diarreia persistente: modelo experimental utilizando microscopia óptica de luz

Escherichia coli enteroagregativa como agente provocador de diarrea persistente: modelo experimental utilizando microscopia óptica de luz

OBJETIVO: Avaliar interações de amostras de Escherichia coli enteroagregativa com tecido intestinal humano, a fim de documentar potenciais alterações em diferentes regiões do trato digestivo. MÉTODOS: Amostras de Escherichia coli enteroagregativa isoladas das fezes de crianças com diarreia persistente e a amostra protótipo 042, isolada de uma criança com diarreia em Lima, no Peru (controle positivo), foram analisadas por microscopia óptica de luz após semeadura em cultura de orgão in vitro de fragmentos de mucosa ileal e colônica. Foram analisadas as interações entre as diferentes cepas de Escherichia coli enteroagregativa e as mucosas ileal e colônica. RESULTADOS: A análise por microscopia óptica de luz indicou associação destes micro-organismos com o epitélio, provocando alterações. As cepas estudadas aderiram a ambas as regiões avaliadas (intestino delgado distal e grosso) e causaram alterações, especialmente naquelas áreas onde interagiram diretamente com o epitélio. No íleo, algumas regiões mostraram internalização secundária. CONCLUSÕES: Esses agentes podem causar diarreia persistente por meio de alterações no intestino delgado, no qual ocorrem as funções digestivo-absortivas. As lesões inflamatórias descritas na mucosa colônica poderiam explicar a colite mostrada em algumas crianças infectadas por Escherichia coli enteroagregativa.

Escherichia coli agregativa; diarreia persistente; microscopia


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