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DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE RECÉM-NASCIDOS COM TRAÇO FALCIFORME EM SERGIPE

RESUMO

Objetivo:

Basear-se na distribuição espacial do traço falciforme (TF) para analisar a frequência dos portadores da hemoglobina S (HbS) em Sergipe.

Métodos:

A amostra foi constituída por todos os indivíduos nascidos em Sergipe, no período de outubro de 2011 a outubro de 2012, submetidos à triagem neonatal pelo Sistema Único de Saúde, ano de início da triagem universal no Estado. Os testes foram realizados em unidades básicas de saúde e encaminhados para o laboratório do Hospital Universitário, onde foram analisados. A análise da distribuição espacial dos indivíduos heterozigotos para hemoglobinopatias foi realizada por autocorrelação espacial (índice de Moran).

Resultados:

Dentre os 32.906 recém-nascidos estudados, 1.202 apresentaram outras hemoglobinas além da Hemoglobina A. Houve correlação positiva entre a porcentagem de negros e mestiços e a incidência de TF. A maioria dos casos foi encontrada nos municípios de Aracaju (n=273; 22,7%), Nossa Senhora do Socorro (n=102; 8,4%), São Cristóvão (n=58; 4,8%), Itabaiana (n=39; 4,2%), Lagarto (n=37; 4,01%) e Estância (n=46; 4,9%).

Conclusões:

Na análise de distribuição espacial por autocorrelação, identificaram-se regiões no Estado com maior frequência de HbS, o que é de extrema importância para o planejamento do sistema de saúde, podendo a mesma metodologia ser aplicada para identificação de outros locais com maior necessidade de centros para cuidados e orientações a portadores de doença falciforme e seus familiares.

Palavras-chave:
Doença falciforme; Traço falciforme; Triagem neonatal; Distribuição espacial

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