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Atribuição de estados mentais no discurso de crianças do espectro autístico

OBJETIVO: Analisar a atribuição de estados mentais no discurso de crianças pertencentes aos Distúrbios do Espectro Autístico e verificar a modificação no vocabulário e extensão frasal desses, após período de terapia fonoaudiológica. MÉTODOS: Foram colhidas amostras de fala da avaliação fonoaudiológica inicial, após seis meses e um ano de terapia fonoaudiológica, registradas nos prontuários de cinco crianças com autismo infantil e cinco com síndrome de Asperger para caracterização do desempenho verbal e da habilidade de atribuição de estados mentais de cada criança. Considerando-se apenas as emissões espontâneas, foram verificadas as palavras pertencentes às classes substantivo e verbo e classificadas como termos que referem estados físicos e mentais. A comparação entre os três momentos foi realizada por meio da avaliação da significância entre as medianas das amostras obtidas (teste da mediana, com diferença significativa ao nível de 10%). RESULTADOS: Verificou-se aumento no número de palavras emitidas e também no número de palavras por frase emitida entre os períodos de avaliação e após um ano de terapia fonoaudiológica para crianças com autismo infantil. Não foram encontradas diferenças para a atribuição de verbos de estados físicos e mentais e substantivos de estados mentais para ambos os grupos, sendo observada diminuição na emissão de substantivos de estados físicos no grupo autismo infantil. CONCLUSÃO: A atribuição de estados mentais aumentou após período de intervenção terapêutica fonoaudiológica, porém, sem diferença significativa, verificando-se aumento no comportamento verbal de crianças com autismo infantil.

Transtorno autístico; Síndrome de Asperger; Linguagem; Transtornos da linguagem; Reabilitação; Cognição


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