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Alterações dos processos fonológicos e índice de gravidade entre escolares com dislexia e escolares com bom desempenho acadêmico

OBJETIVO: Comparar a ocorrência de processos fonológicos alterados e utilizar o índice de gravidade do transtorno fonológico para comparar uma amostra de fala e de escrita de escolares disléxicos e de alunos com bom desempenho acadêmico. MÉTODOS: Participaram 34 escolares, distribuídos entre o segundo e o quinto ano escolar, de ambos os gêneros, na faixa etária de 8 anos a 11 anos e 11 meses de idade, divididos em: G1 (17 escolares com diagnóstico interdisciplinar de dislexia) e G2 (17 escolares com bom desempenho acadêmico). Foram aplicadas tarefas de Imitação e de Nomeação (ABFW), compostas, respectivamente, por 39 vocábulos e 34 figuras. Foi solicitada também, a elaboração de uma redação temática, a partir de uma sequência lógica de figuras. RESULTADOS: Os escolares disléxicos deste estudo apresentaram desempenho inferior, quando comparados aos escolares com bom desempenho acadêmico, em relação à fala, no processo fonológico de simplificação de encontro consonantal (prova de imitação) e em relação à análise de produção da escrita nos critérios: traçado da letra cursiva sem alteração, disgrafia funcional, hiposegmentação, e ortografia correta. Entretanto, a gravidade do transtorno fonológico da amostra da fala e da escrita, foi leve em ambos os grupos. CONCLUSÃO: Os escolares com dislexia apresentaram alterações nos processos fonológicos e na escrita, com rendimento inferior aos escolares com bom desempenho acadêmico. Quanto ao índice de gravidade PCC-R das amostras da fala e da escrita, tanto os disléxicos como os escolares com bom desempenho acadêmico, apresentaram classificação de grau leve.

Aprendizagem; Escolaridade; Escrita manual; Transtornos da articulação; Testes de articulação da fala


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