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Terapia fonológica a partir da estimulação de sons isolados e em conjunto

OBJETIVO: Verificar se a estimulação de sons em conjunto resulta em maiores mudanças fonológicas do que a estimulação de sons isoladamente e analisar a ocorrência de generalização para dentro de uma classe e para outras classes de sons. MÉTODOS: A amostra foi composta por dez sujeitos com desvio fonológico, com idades entre 4 anos e 8 meses a 7 anos e 3 meses, distribuídos em dois grupos. O Grupo 1 (G1) foi tratado pelo modelo de Oposições Múltiplas e o Grupo 2 (G2) pelo modelo ABAB-Retirada e Provas Múltiplas. O tratamento do G1 constou da estimulação do contraste de vários sons apresentados em conjunto enquanto que o tratamento do G2 envolveu a estimulação de apenas um som-alvo por ciclo de tratamento. Foi analisado o número de sons ausentes e a ocorrência de generalização para dentro de uma classe e para outras classes de sons pré e pós-tratamento. Os dados foram analisados estatisticamente; também foi realizada análise descritiva. RESULTADOS: O G1 adquiriu maior número de sons que o G2; entretanto não houve diferença significativa. Em relação à generalização dentro da classe de sons, o G1 apresentou maiores mudanças, enquanto a generalização para outras classes foi maior para o G2; entretanto, não houve diferença estatística em nenhum desses resultados. CONCLUSÃO: Ambos os métodos favoreceram mudanças no sistema fonológico das crianças estudadas, levando à aquisição de fonemas e a generalizações. Não há diferença entre eles na efetividade do tratamento.

Distúrbios da fala; Fala; Fonoterapia; Generalização da resposta; Som; Criança


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