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Etiologia viral das infecções respiratórias agudas em Porto Alegre, RS, Brasil

Embora as IRAs sejam importante causa de morbidade e mortalidade infantil no sul do Brasil, poucas e esparsas informações são disponíveis sobre sazonalidade e etiologia viral. Este estudo foi realizado em crianças menores de 5 anos de idade com IRAs para avaliar a importância da etiologia viral no Rio Grande do Sul, no período de 1990 a 1992. Foram processadas 862 secreções de nasofaringe, por imunofluorescência indireta. Os resultados mostraram que 316 (36,6%) amostras foram positivas: 26,2% para vírus respiratório sincicial (VRS), 6% para adenovírus, 1,7% para vírus influenza, 1,5% para vírus parainfluenza e 1,2% para infecção mista. As médias das prevalências virais nos serviços de ambulatório, emergência e hospitalizados foram de 26,7%, 53% e 42,3%, respectivamente. VRS e adenovírus foram responsáveis por 91,4% dos diagnósticos virológicos positivos. O VRS foi mais freqüente em menores de 1 ano, nos três níveis de atenção à saúde, sendo mais prevalente em menores de 6 meses. O adenovírus foi o patógeno mais prevalente em crianças hospitalizadas em 1992. O vírus influenza A mostrou uma tendência de acréscimo da positividade com o aumento da idade nas crianças de ambulatório. Este estudo mostrou a ocorrência anual de infecções respiratórias virais nos meses frios, com variação anual significativa na freqüência da infecção por VRS.

Vírus respiratórios sinciciais; Adenovirus; Infecções respiratórias agudas; Criança


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