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Genes de multirresistência, incluindo blaKPC e blaCTX-M-2, em Klebsiella pneumoniae isoladas em Recife, Brasil

INTRODUÇÃO: A prevalência de cepas de Klebsiella pneumoniae resistentes a cefalosporinas e carbapenêmicos está aumentando no Brasil, com sérias consequências em termos de desfechos dos pacientes e cuidados gerais. MÉTODOS: Este estudo caracterizou 24 isolados clínicos de K. pneumoniae provenientes de dois hospitais de Recife, Brasil, através do perfil de susceptibilidade a antimicrobianos, análise de genes de β-lactamase (blaTEM,blaSHV,blaCTX-MblaKPC,blaVIM, blaIMP,and blaSPM), perfil plasmidial e ERIC-PCR (Enterobacterial repetitive intergenic consensus-polymerase chain reaction). RESULTADOS: A análise da ERIC-PCR e do perfil plasmidial agrupou os isolados em 17 e 19 perfis, respectivamente. Seis isolados de um hospital apresentaram o mesmo padrão de ERIC-PCR, indicando disseminação clonal. Todos os isolados apresentaram blaSHV, 62,5% apresentaram blaCTX-M-2, 29% blaTEM e 41,7% blaKPC. Genes de metalo-β-lactamase blaVIM, blaIMP e blaSPM não foram detectados. Onze isolados foram identificados carreando, pelo menos, três dos genes de β-lactamase estudados, dentre estes, dois isolados continham blaSHV,blaTEM, blaCTX-M-2 e blaKPC simultaneamente. CONCLUSÕES: O acúmulo de genes de resistência em algumas cepas, observado nesse estudo, impõem limitações nas opções terapêuticas disponíveis para o tratamento de infecções causadas por K. pneumoniae em Recife, Brasil. Estes resultados devem alertar as autoridades médicas brasileiras para estabelecer rigorosos métodos para controlar eficientemente a disseminação de genes de resistência a antimicrobianos no ambiente hospitalar.

Klebsiella pneumoniae; blaKPC; blaCTX-M-2; ERIC-PCR


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