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Avaliação clínica e laboratorial de esquistossomose urinária em brasileiros após permanência em Moçambique

Nós examinamos 87 brasileiros de um grupo de 132 que, entre julho e novembro de 1994, participaram de um missão de paz em Moçambique. Eles serviram em uma área endêmica de esquistossomose haematóbica e nadaram no rio Licungo em períodos de lazer. A idade aritmética deles era 31 anos e todos eram do gênero masculino. O exame de urina revelou que 30 (34,5%) eliminavam ovos de S. haematobium e 55 (63,2%) tinham sorologia positiva pelo teste enzyme-linked immunoelectrotransfer blot com antígeno microsomal purificado de vermes adultos de S. haematobium. Eosinofilia foi encontrada em 30 (34,5%), haematuria em 26(29,9%), disúria em 32(36,8%) e dor lombar em 36(41,4%). Todos que eliminavam ovos pela urina tiveram sorologia positiva. Entre os 25 pacientes com sorologia positiva e sem ovos de S. haematobium no exame de urina, 13 eram sintomáticos e 12 assintomáticos. O tratamento pelo Prazinquantel nos 30 pacientes com urina positiva para ovos de S. haematobium apresentou 70% de cura parasitológica.

Esquistossomose; Enzyme-linked immunoelectrotransfer blot assay; Brasileiros; Moçambique


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