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Avaliação das ações de prevenção da transmissão materno-infantil do HIV em Aracaju, Estado de Sergipe, Brasil

INTRODUÇÃO: A principal forma de infecção do vírus da imunodeficiência humana (HIV) em crianças é pela transmissão materno-infantil. As ações profiláticas estabelecidas pelo protocolo Aids Clinical Trial Group 076 (ACTG 076), reduziram significativamente as taxas de transmissão vertical do HIV. Este estudo objetivou avaliar a aplicação do protocolo ACTG 076 na maternidade de referência no Estado de Sergipe, nordeste brasileiro. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo com abordagem quantitativa, com mulheres HIV soropositivas e crianças expostas atendidas em uma maternidade para gestações de alto risco. Os dados foram obtidos dos registros de pacientes registrados nos anos de 1994 a 2010. RESULTADOS: Entre as 110 gestantes e recém-nascidos expostos, o uso completo do protocolo ACTG 076 foi utilizado em apenas 31,8% dos participantes. No pré-natal, a zidovudina (ZDV) foi utilizada em 79,1% das gestantes. O uso da ZDV durante o trabalho de parto ocorreu em 49,1% das gestantes HIV reagentes. Duas (1,8%) crianças foram consideradas infectadas e 50 (45,5%) ainda não têm diagnóstico definido. CONCLUSÕES: Foram detectadas falhas significativas na prevenção da transmissão materno-infantil, dentre as quais, a falta do cumprimento das três fases do protocolo ACTG 076: carências no pré-natal, tipo de parto inadequado e perdas de seguimento para acompanhamento da criança exposta.

HIV; Transmissão vertical de doenças infecciosas; Zidovudina; Profilaxia pós-exposição


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