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Indicadores de resposta insatisfatória ao antimônio pentavalente no tratamento da leishmaniose visceral americana

Embora o tratamento da leishmaniose visceral com antimoniato pentavalente seja normalmente bem sucedido, alguns pacientes requerem uma terapêutica de segunda linha, habitualmente com anfotericina B. Para identificar as características clínicas que possam indicar uma resposta inadequada ao antimônio pentavalente, realizou-se um estudo caso-controle em Teresina, Piauí, Brasil. Em um período de dois anos ocorreram 19 casos de LV para quem os médicos de um hospital prescreveram o tratamento de segunda linha com anfotericina B após determinarem falha com o uso de antimônio pentavalente. O grupo controle foi constituído por 97 pacientes que tiveram o tratamento com antimônio bem sucedido. Foi feita uma análise de prontuários, utilizando-se análise univariada e multivariada. A porporção de cura após o uso de anfotericina B foi 90%. A razão de odds para a prescrição de anfotericina B foi 10,2 para crianças com menos de um ano, quando comparadas com pessoas com mais de 10 anos. Pacientes que tinham tido co-infecção tinham uma RO de 7,1 e aqueles que tinham utilizado antibióticos tinham uma razão de odds de 2,8. Estes dados estão de acordo com o uso mais prolongado de antimônio pentavalente para crianças ou com a recomendação de anfotericina B como droga de primeira escolha para crianças e para pessoas com co-infecções. Sugerem também que se pode indicar a quimioprofilaxia para infecções bacterianas em crianças menores com LV.

Leishmaniose visceral; Antimônio; Anfotericina B; Terapêutica


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