INTRODUÇÃO: A prevalência e intensidade das infecções produzidas por geohelmintos e esquistossomose continuam elevadas na Zona da Mata de Pernambuco (ZMP), onde essas parasitoses se apresentam como relevante problema de saúde pública. O presente estudo objetivou espacializar a ocorrência da esquistossomose e geohelmintoses na ZMP. MÉTODOS: A ZMP apresenta uma população de 1.132.544 habitantes, composta por 43 municípios. Um estudo ecológico foi desenvolvido, utilizando dados secundários referentes aos casos humanos positivos e cargas parasitárias para esquistossomose e casos humanos positivos para geohelmintoses que foram trabalhados no Excel 2007. Foram utilizadas as coordenadas das sedes municipais para representar o município o qual serviu de unidade de análise deste estudo. Para análise espacial dos dados e identificação de padrões de distribuição e densidade dos casos, foi adotado o estimador de Kernel, sendo as análises feitas no software ArcGIS. RESULTADOS: A análise espacial, a partir do estimador de intensidade de Kernel, permitiu a construção de mapas de densidade mostrando a Mata Norte como a região onde se concentra o maior número de crianças parasitadas e as populações mais intensamente infectadas pelo Schistosoma mansoni. Com relação aos geohelmintos, há uma maior distribuição espacial dos casos de Ascaris lumbricoides e Trichuris trichiura na Mata Sul, destacando a maior ocorrência de ancilostomídeos entre as Matas Norte e Centro de Pernambuco. CONCLUSÕES: Apesar dos inquéritos e dos vários estudos mostrando a ocorrência de esquistossomose e geohelmintoses na ZMP ainda se desconhecem medidas preventivas que tenham sido implementadas na área endêmica mostrando efetividade na redução destes agravos.
Esquistossomose; Análise espacial; Zona da Mata de Pernambuco