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Potências médias emergentes e reforma da arquitetura financeira mundial?: Uma análise do BRICS no G20

A partir de 2000, na cúpula de Okinawa, o sistema G7/8 começou um movimento de outreach, ou seja, tanto de "alcançar" aqueles que se encontravam fora quanto de "expandir" o sistema G7/8. Neste sentido, pela primeira vez países não-participantes do G8 foram envolvidos tanto em encontros do G8 quanto em consultas pré-cúpula. Neste processo a cúpula de Gleneagles, em 2005, foi um marco, pois nesta pela primeira vez há um documento conjunto emitido por Brasil, Índia, China, África do Sul e México (BICSAM) - Outreach Five ou Grupo dos Cinco (+5). Tal articulação entre tais países tendo como foco o sistema G7/8 vai ocorrer até a cúpula de L’Aquila, em 2009. Não obstante, como desde 2008 o G20 vem lidando com tais questões como um fórum de líderes e a partir de 2009 o BRIC passa a se reunir como coalizão, tal articulação paralela ao G8 perde sua relevância. Neste contexto, uma questão que surge diz respeito à relação entre BRICS e G20. Como se dá a ação de tal bloco emergente neste fórum? Qual seu impacto para as decisões tomadas no âmbito de tal fórum? Qual a importância da China neste processo? Questões deste tipo são relevantes uma vez que muitas abordagens sobre o G20 e sobre as potências médias emergentes falam a respeito da legitimidade e da representatividade do G20 sem, contudo, dar a devida atenção às potências médias emergentes, suas coalizões e formas de engajamento e articulação no âmbito do G20, e é neste contexto que se insere o presente artigo, que busca analisar a inserção e articulação do BRICS no âmbito do G20, suas potencialidades e limites.

BRICS; G20; governança global; FSB; G7/8


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