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Saúde e pobreza: o controle da saúde pela mulher

Foi realizado estudo prospectivo relacionando a satisfação da mãe com sua vida marital e o estado de saúde da família de nível socioeconômico baixo. A amostra estudada consistiu de 30 famílias com crianças menores de 7 anos: 15 consideradas "doentes" (grupo A) e 15 "sãs" (grupo B). Os dois grupos não diferiram em relação à idade dos pais, número de pessoas na família, idade das crianças e nível socioeconômico. Os resultados mostraram que as mães eram responsáveis pela saúde da família. As do grupo A eram significativamente menos compreendidas e eram menos satisfeitas que as do grupo B (p < 0,05 e p < 0,01). As mães do grupo A brigavam mais com seus parceiros (p < 0,006) do que as do grupo B. As crianças do grupo A aprendiam menos de suas mães quanto aos cuidados da saúde do que as do B. As mães do grupo A acreditavam que a saúde era "algo a ser levado em conta" mais do que no grupo B (p < 0,05 e p < 0,01). Ambos os grupos não diferiam em relação ao serviço de saúde a escolher. A insatisfação materna foi associada com famílias com crianças com patologia, durante os seis meses do seguimento. Sugere-se que a insatisfação materna é fator que necessita de maiores investigações, porque a saúde é amplamente controlada pelas mães.

Mães; Satisfação pessoal; Saúde da família; Pobreza


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