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Impacto do ambiente atmosférico urbano nas internações hospitalares de idosos

OBJETIVO: Analisar o impacto das condições climáticas intra-urbanas nas doenças circulatórias e respiratórias em idosos. MÉTODOS: Estudo transversal baseado em 33.212 internações hospitalares de idosos na cidade de São Paulo, SP, de 2003 a 2007. As variáveis atmosféricas coletadas no aeroporto de Congonhas e o índice bioclimático Physiological Equivalent Temperature foram analisados segundo o perfil socioeconômico da vizinhança. Análise estatística descritiva e modelos de regressão foram usados. RESULTADOS: Houve aumento nas internações por doenças circulatórias quando houve diminuição nas temperaturas médias e mínimas. A probabilidade de internações foi 12% maior com diminuição de 1ºC no índice bioclimático e com aumento de 1ºC nas temperaturas máximas no grupo com pior perfil socioeconômico. Houve risco aumentado de internações respiratórias durante má qualidade do ar em distritos com melhor perfil socioeconômico. CONCLUSÕES: Associações entre morbidade, variáveis climáticas e índice de conforto não apresentaram padrão de comportamento entre os diferentes grupos e doenças. Desconforto para o frio e extremo de calor representaram maior risco para internações de idosos. Distritos com piores condições sociais e ambientais apresentaram maiores impactos à saúde.

Idoso; Hospitalização; Doenças Cardiovasculares; Doenças Respiratórias; Efeitos do Clima; Poluição do Ar, efeitos adversos


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