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Como as mudanças na posse de bens afetam o Indicador Econômico Nacional em 10 anos?

RESUMO

OBJETIVO

Analisar como a evolução temporal da posse de bens domésticos afetou o Indicador Econômico Nacional e como essas mudanças afetaram o poder discriminatório do indicador.

MÉTODOS

Analisou-se a evolução temporal da posse de cada uma das variáveis do Indicador Econômico Nacional, bem como da distribuição do escore dos domicílios. Utilizamos dados de inquéritos populacionais realizados bienalmente no município de Pelotas, RS, de 2002 a 2014. Foi calculado o coeficiente de correlação de cada variável isoladamente com o escore do Indicador Econômico Nacional e com a renda familiar. Avaliamos também como a variação da distribuição do escore ao longo do tempo afetou a validade da utilização dos pontos de corte de referência publicados.

RESULTADOS

Houve aumento da escolaridade dos chefes das famílias e da posse de todos os bens, exceto rádio e linha telefônica no período. A correlação dos bens com o Indicador Econômico Nacional reduziu com o tempo. O escore aumentou, com consequente incremento nos pontos de corte dos quintis, mas a distância entre os pontos não teve variação importante. Assim, os pontos de corte de referência publicados para Pelotas rapidamente ficaram desatualizados.

CONCLUSÕES

Alguns bens perderam a capacidade discriminatória e os pontos de corte ficaram obsoletos rapidamente. É essencial um indicador de bens padronizado para uso em pesquisa, que seja atualizado com frequência, em especial os pontos de corte da distribuição de referência.

Indicadores Econômicos; Condições Sociais; Valores Sociais; Análise Socioeconômica

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