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NOTICIÁRIO/NEWS

Sanitarista do ano

A Associação Paulista de Saúde Pública, na forma estatutária e por decisão unânime dos membros da sua Diretoria e do Conselho Deliberativo, decidiu eleger o Professor Doutor Rodolfo dos Santos Mascarenhas como o SANITARISTA DO ANO (1975), numa justa homenagem ao ilustre homem público, pelos inumeráveis serviços por ele prestados como professor e profissional de Saúde Pública no Estado de São Paulo e no País.

A entrega do título e da medalha ocorreu em sessão solene realizada no dia 7 de abril de 1976, no salão nobre da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, tendo comparecido, entre outras autoridades, os Exmos. Srs. Ministro da Saúde, Dr. Paulo de Almeida Machado, o Secretário de Estado da Saúde, Dr. Walter Sidney Pereira Leser, o Secretário de Higiene e Saúde Pública da Prefeitura de São Paulo, Dr. Fernando Proença de Gouvêa, o Magnífico Reitor da Universidade Estadual de Campinas, Prof. Zeferino Vaz, o Vice-Reitor da Universidade de São Paulo, Prof. Josué Camargo Mendes, e o Diretor da Faculdade de Saúde Pública, Prof. Walter Engracia de Oliveira.

Saudando o homenageado, usou da palavra o Prof. Reinaldo Ramos e agradecendo em nome do Professor Mascarenhas que se encontrava enfermo, discursou sua filha Srta. Maria da Graça Fonseca Mascarenhas.

Em seguida transcreveremos os discursos do orador oficial Prof. Reinaldo Ramos e da filha do homenageado.

Discurso do Orador Prof. Reinaldo Ramos

Mais uma vez, na data que assinala a criação da Organização Mundial da Saúde, e por isso mesmo dedicada aos profissionais de saúde, a Associação Paulista de Saúde Pública vive instantes festivos e de particular emoção, ao homenagear o amigo e mestre Rodolfo dos Santos Mascarenhas, conferindo-lhe o título de Sanitarista do Ano de 1975 e a Medalha Paula Souza.

Não poderia ter sido mais feliz a escolha da Associação. Não poderia ter sido mais justa. Não poderia ter sido mais comovente.

Circunstâncias estas que tornam extremamente espinhosa a missão do orador, ante a dificuldade que se lhe apresenta, quase intransponível, de analisar, ainda que em rápidos traços, a figura do nosso ilustre homenageado.

Homens há que se destacam de seus pares pelo virtuosismo com que exercem uma profissão; ou pelo saber acumulado em determinado ramo do conhecimento; ou pela influência sobre as jovens gerações; ou pela soma de serviços prestados à comunidade; ou pela mente aberta a novas idéias, a novas técnicas, a novos procedimentos.

Mascarenhas se tem distinguido no mais alto grau por todos esses atributos: como profissional de saúde pública – na área executiva, como no ensino e na pesquisa – granjeou um renome que ultrapassou as fronteiras nacionais para se projetar em outros países do Continente; como homem de estudo, não estagnou com a conquista da cátedra universitária, procurando, ao contrário, manter-se em dia com o que de mais importante se publicava ou se fazia no campo de sua especialidade; como lider inconteste de toda uma geração de sanitaristas, bastaria indagar quantos dos presentes não se beneficiaram de algum modo dos seus conhecimentos e experiência, quantos aqui não vieram procurá-lo em busca de solução para problemas dos mais variados – desde uma situação de trabalho inédita até a orientação de uma tese ou a elaboração de um plano de pesquisa; e aos jovens, com aquela impaciência própria da idade e que os leva a acreditar que conhecem todas as regras, ele podia tranqüila e maliciosamente ponderar que se os jovens conhecem todas as regras, os menos jovens conhecem as exceções, e estas não existem nos livros, porque são lições que só a vida ensina; como profissional voltado para os problemas coletivos, nosso homenageado, mesmo após atingir o derradeiro posto de sua carreira, conservou-se fiel ao ponto de vista de que a prestação de serviços à comunidade – formalmente prevista nos Estatutos da Universidade – não deve ser apenas uma afirmativa de bons propósitos, mas traduzir-se em ações concretas; e que o digam as inúmeras comissões e grupos de trabalho que ele tem integrado, as funções exercidas e as viagens realizadas, toda essa atividade refletindo a preocupação constante de não ficar confinado entre as paredes de um gabinete de trabalho ou de uma sala de aulas, mas o empenho de abrir janelas para o mundo exterior e ver o que acontecia lá fora – ainda porque, se a Universidade pretende cumprir a relevante missão social que lhe cabe, precisa conhecer e atuar sobre a realidade na qual está inserida.

Uma outra qualidade de Mascarenhas, que todos aqui podem testemunhar, é o seu espírito inovador. Não constitui segredo para ninguém que uma das características inerentes ao ser humano é a tendência contrária à mudança – ou por comodismo, ou pela relutância em se defrontar com situações novas, ou pelo receio de ver abalado o seu prestígio, o fato é que o homem, às vezes por um mecanismo acionado inconscientemente, resiste às novidades e, no comum dos casos, só para uso externo se mostra favorável a elas.

Talvez falasse com terrível seriedade aquele que afirmou que muitas vezes as novas idéias vencem, não porque as pessoas mudem, mas porque desaparecem, biológica ou funcionalmente.

Pode-se proclamar enfaticamente que Mascarenhas nunca sofreu desse mal – um raro caso de imunidade – e tantas foram as suas inovações que seus auxiliares freqüentemente viviam momentos de verdadeira angústia, especulando sobre o resultado dessa ou daquela iniciativa, tais as incertezas quer no tocante aos aspectos materiais, quer pelas dificuldades antepostas à consecução do objetivo proposto. Sua boa estrela – podem dizer uns –, ou seu idealismo – podem dizer outros –, ou a convicção arraigada de estar trilhando o caminho certo – como ainda se poderia pensar –, o fato é que produziram tais frutos as inovações introduzidas por Mascarenhas – tidas a princípio como ousadas, quando não heréticas, e hoje tão consolidadas e pacificamente aceitas e defendidas – que causa espanto haverem elas enfrentado opositores dos mais ferrenhos .

Tudo quanto vem de ser dito sobre as múltiplas facetas da personalidade de Mascarenhas pode ser sobejamente comprovado ao longo de sua fecunda vida profissional.

Diplomando-se em 1932 pela Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro, no ano seguinte retornava à sua terra natal – São José dos Campos – a fim de exercer a clínica geral e especializada em tuberculose, área de seu particular interesse desde os bancos acadêmicos.

Pouco durou, porém, essa incursão em atividade exclusivamente privada, já que no mesmo ano de 1933 era nomeado Prefeito Municipal, tomando posse a 17 de abril. Durante os dois anos de sua gestão, além da capacidade administrativa, começou a revelar seu forte pendor para a saúde pública, tantas as medidas de interesse sanitário por ele tomadas: o zoneamento da sede municipal, a regulamentação dos serviços de água e esgoto, legislação sobre construção e reconstrução de prédios, legislação sobre higene em geral e profilaxia da tuberculose e a construção de um matadouro modelo contando com fiscalização sanitária regular, tudo isto culminando com a transformação de São José dos Campos em estância climática – eis aí algumas das realizações do prefeito-sanitarista, que prefeito deixou de ser, mas continuou sempre sanitarista.

Uma decorrência natural dessa inclinação para a saúde pública foi sua admissão, em 1935, para o então Serviço Sanitário do Estado, exercendo atividades em São José dos Campos, Bebedouro e Casa Branca. Já em 1937, era comissionado pelo Governo do Estado para freqüentar durante dois anos o Curso de Saúde Pública do antigo Instituto de Higiene. Mas não se contentou com isto: também em 1937 matriculava-se, para diplomar-se três anos depois, na Escola Livre de Sociologia e Política, e é importante destacar este aspecto de sua formação, porque numa época em que, pelo menos entre nós, mal se imaginava a possibilidade de aplicação das ciências sociais ao campo da saúde pública, Mascarenhas, numa antevisão quase profética, já procurava estabelecer uma ponte entre as duas disciplinas.

Mas não parou aí sua formação profissional: após alguns anos de intensa atividade no Departamento de Saúde do Estado – operando agora em nível central, como assistente do Diretor Geral – segue em 1943 para os Estados Unidos a fim de freqüentar o curso de saúde pública da Universidade de Yale, por onde se doutorou em 1945. Data de então a estreita amizade que o ligou a Winslow, cujas idéias no campo da administração dos serviços de saúde, pela sua orientação integracionista, colidiam frontalmente com a linha ortodoxa de outras escolas de saúde pública daquele país. A influência de Winslow marcou profundamente a atuação de Mascarenhas daí em diante.

Ao retornar dos Estados Unidos, pouco tempo permaneceu no Departamento de Saúde, eis que em 1946 era convidado por Paula Souza para ocupar o cargo de Professor Adjunto desta Faculdade, na cadeira então chamada de Técnica de Saúde Pública, da qual era titular.

Mas, a Mascarenhas não bastou a simples nomeação para aquele cargo – penúltimo degrau da penosa carreira universitária: sem que a isso nada o obrigasse, a não ser um compromisso consigo mesmo, submeteu-se em 1949 a concurso de títulos e provas para se habilitar ao título de livre-docente. Decisão, aliás, tomada num instante de feliz inspiração, porque a tese por ele apresentada e brilhantemente defendida constitui até hoje material de consulta obrigatória para todos aqueles que desejem conhecer a evolução dos serviços de saúde pública do Estado de São Paulo.

Não menos feliz foi a decisão de Paula Souza ao abrir as portas desta Casa ao nosso homenageado: ocupado com os afazeres de Diretor da Faculdade e viajando freqüentemente para o exterior a fim de se desincumbir de missões no campo da saúde internacional, delegou ele a Mascarenhas grande parte dos encargos docentes, a começar pela reestruturação e atualização de todos os programas então ministrados na área da administração.

O desaparecimento prematuro de Paula Souza, em 1951, levou-o naturalmente, dois anos depois, a novo concurso, desta feita para suceder ao saudoso mestre na cátedra que já tantas vezes regera em substituição ou interinamente – nada menos de 3 anos, 3 meses e 29 dias.

A realização desse concurso ensejou a Mascarenhas a oportunidade de renovar velhos amores com a tisiologia: sua tese, um estudo vertical sobre a evolução da luta anti-tuberculose em São Paulo, representa mais uma valiosa contribuição para o conhecimento da administração sanitária no Estado.

Outro, que não Mascarenhas, dar-se-ia por satisfeito com o acesso à cátedra, merecida coroação de uma carreira de vinte anos integralmente dedicados à saúde pública. Mais do que compreensível, pois, que a esta altura de sua vida ele concentrasse as atenções na organização de uma equipe de auxiliares, na preparação de possíveis substitutos e na revisão ou ampliação dos programas de ensino de sua área específica, além de eventuais atividades em comissões externas, particularmente junto à Secretaria da Saúde.

Tudo isto ele fez, porém era muito pouco para seu espírito irrequieto, procurando sempre descortinar novos horizontes, abrir novas frentes de trabalho e trazer ao ensino da saúde pública o subsídio de outras diciplinas. Em verdade, começa aqui a fase mais produtiva de sua vida profissional, marcada que foi pela considerável ampliação dos objetivos desta Faculdade, em termos de ensino e pesquisa:

Ciências Sociais Aplicadas, Educação Sanitária, Odontologia Sanitária, Enfermagem de Saúde Pública, Administração Hospitalar. Farmácia e Bioquímica Aplicadas. Veterinária de Saúde Pública – hoje disciplinas individualizadas a cargo de nomes consagrados nos respectivos campos – tiveram todas elas o berço comum e o manto protetor da Administração Sanitária. E a cada uma delas corresponde um curso de saúde pública para graduados ministrado regularmente nesta Casa, sem mencionar o de Especialização em Planejamento do Setor Saúde, que permanece vinculado à disciplina de Administração Sanitária.

Tempo houve em que seu corpo de assistentes se compunha de 14 ou 15 docentes, dos quais apenas dois efetivamente ocupados com o ensino de administração.

Era fatal que um dia Mascarenhas exercesse a Diretoria da Faculdade, e o fez por dois mandatos, de 1966 a 1972. e numa conjuntura excepcionalmente difícil, porquanto nesse período se procedeu à implantação da reforma universitária, com todos os problemas inerentes a um processo dessa natureza.

Deixando a Diretoria – e mal refeito do golpe que sobre ele se abateu com a perda da esposa – não hesitou em atender ao convite de Walter Leser para, sem prejuízo de suas funções docentes na Universidade, assumir a Coordenadoria de Saúde da Comunidade, da Secretaria da Saúde, onde o foi surpreender a enfermidade que ora nos priva do seu convívio.

Resultaria longo e fastidioso descer a um maior grau de detalhe na apresentação da carreira profissional do nosso homenageado: seria um desfile interminável de datas e de ocorrências – viagens, congressos, comissões, conferências, trabalhos publicados, bancas examinadoras, cursos implantados – porque nada de importante sucedeu na saúde pública de São Paulo, nos últimos trinta anos, sem a participação e o testemunho de Mascarenhas – ora pessoalmente no palco dos acontecimentos; ora na retaguarda, com suas palavras de estímulo e seu conselho avisado; ora indiretamente, através dos inúmeros técnicos que ele preparou e orientou.

Este o perfil do profissional, do técnico, do administrador, do mestre que hoje homenageamos. Mas o perfil ficaria decerto incompleto sem uma referência às suas qualidades humanas, e destas, não se pode deixar de destacar sua imensa bondade: um homem intrinsecamente bom: de espírito generoso; incapaz de rancores ou de simples ressentimentos; fechando sempre os olhos para as fraquezas humanas e procurando mantê-los bem abertos para o que de positivo pudesse encontrar nas pessoas; um desses homens cujos erros derivam antes do excesso que da falta de bondade; um desses homens, enfim, que pode olhar o caminho percorrido e ter a transquilidade de consciência do dever cumprido – perante seus discíplinos e amigos, perante as instituições que ele tanto tem engrandecido, perante a comunidade e, sobretudo, perante si mesmo.

Mascarenhas ingressa, assim, de cabeça erguida, ao lado de Candau e Pascale, na galeria de imortais da Associação Paulista de Saúde Pública, da qual é fundador e primeiro presidente.

Uma galeria, felizmente, de pessoas vivas. Diga-se de passagem que ao receber a comunicação oficial de sua indicação para receber o título de "Sanitarista do Ano", hesitou se deveria ou não aceitar a láurea, porque é presidente da Associação, professor desta Faculdade e exerceu durante alguns meses um alto cargo na Secretaria da Saúde. Sinal não apenas de sua honestidade, mas também de sua lucidez.

O que nos deixa com fundadas esperanças de que. em futuro próximo, possa ele estar novamente conosco, a distribuir prodigamente seus conhecimentos e a nos dar, a todos os momentos, suas sábias lições de vida e de experiência. Tenho plena convicção de que este voto todos nós estamos agora formulando, com a sinceridade e o calor ditados pela amizade e admiração que devotamos a Rodolfo dos Santos Mascarenhas – o Sanitarista do Ano de 1975.

Discurso do homenageado* * Proferido por sua filha Maria da Graça Fonseca Mascarenhas.

Por motivos que todos conhecem, aqui me encontro para receber em nome de meu pai, a homenagem que os senhores lhe prestam neste momento.

É confortador saber, no final da vida, que o dever de homem e cidadão foi cumprido. Também igualmente confortador é terminar a tarefa de homem público, cercado pelo carinho e respeito da comunidade a que serviu: no caso a comunidade paulista, da qual os senhores são representantes dos mais categorizados.

Efetivamente a vida de Rodolfo dos Santos Mascarenhas foi um longo e árduo combate pela saúde pública quer seja como simples médico consultante ou à frente de órgãos estaduais de saúde, ou nas lides do ensino e da pesquisa universitária.

O importante na vida, não é apenas iniciar com dignidade as tarefas que nos são confiadas, mas, terminá-las com dignidade.

Fiquem certos que o meu pai procurou ser fiel a este princípio. É possível que tenha cometido erros, mas tenham certeza de que buscou a verdade.

Ainda agora, vítima de grave doença, o seu espírito não se deixa abater e manda para todos uma mensagem:

1) Quando as dúvidas povoarem a mente e o desânimo procurar instalar-se no espírito, tenham fé e procurem novos caminhos e se não encontrá-los tentem construí-los como Deus fez o homem: Com o limo da terra e com o sopro da divina vontade criadora.

2) Acreditem na saúde pública como a grande forca capaz de contribuir para a felicidade do homem.

Rodolfo dos Santos Mascarenhas fez da saúde pública um sacerdócio, não apenas por amor ao povo, mas também por consciência, por ter sentido como médico e como homem público, que o importante é a pessoa humana, e acreditar nela, é a suprema valorização de nós mesmos. Todos vós sois testemunhas da sua luta, da sua ação permanente de sanitarista e professor: todos vós sois testemunhas do carinho e do amor que dedicava a essas atividades. Algumas vezes sonhava, como um poeta que persegue o belo e confia no amanhã risonho e feliz para as amplas camadas da população brasileira, e ao vê-lo ainda de pé, preocupado com os mesmos problemas de sempre, apoiado na solidariedade e no respeito dos seus colegas e amigos que com ele comungam dos mesmos grandes ideais, tenho a impressão de estar diante de um titã construído de fé e esperança. De fé nas suas idéias e de esperança na frutificação das sementes que semeou.

Meus senhores, o que poderia dizer em nome de Rodolfo dos Santos Mascarenhas. em relação ao vosso gesto, indicando-o como "Sanitarista do Ano"' de 1975? Aos seus amigos da Associação Paulista de Saúde Pública e aos demais que se associaram a esta homenagem, direi com o coração contrito e a alma reconhecida, um muito obrigada e beijo em silêncio e em seu nome as mãos dos senhores, que como ele ajudaram e ajudam a construir o grande monumento da saúde pública brasileira.

Cursos de especialização em Saúde Pública para nível local – Área Medicina

Na oportunidade da solenidade em que a Associação Paulista de Saúde Pública homenageou o Professor Dr. Rodolfo dos Santos Mascarenhas, importante Convênio foi assinado entre o Ministério da Saúde, o Governo do Estado de São Paulo e a Universidade de São Paulo, com vistas à preparação de profissionais médicos para exercerem atividades em centros de saúde.

Esses cursos – denominados de Especialização em Saúde Pública para Nível Local – área Medicina – a serem promovidos em 1976 e 1977, deverão capacitar cerca de 240 médicos, dos quais 200 para a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo e os restantes para o Ministério da Saúde. O primeiro dos cursos mencionados teve início a 5 de abril e deverá encerrar-se a 30 de julho de 1976. Muito provavelmente, o segundo curso de 1976 deverá ser instalado na 2.a quinzena de agosto.

Espera-se, assim, em prazo relativamente reduzido, reforçar a estrutura de recursos humanos dos serviços de saúde do País, especialmente da Secretaria da Saúde de São Paulo, onde a escassez de pessoal médico representa um dos mais sérios obstáculos ao melhor andamento das atividades da rede sanitária estadual.

Concurso para Professor Titular

Nos dias 12 e 13 de abril de 1976, perante a Comissão Julgadora formada pelos Professores Nagib Haddad, Alberto Raul Martinez, Walter Sidney Pereira Leser, José Martins de Barros e Yaro Ribeiro Gandra, o Professor Cyro Ciari Júnior submeteu-se às provas didática, argüição e títulos para o cargo de Professor Titular, junto ao Departamento de Prática Médica em Saúde Pública, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. O candidato mereceu grandes elogios e foi aprovado com distinção pela Comissão Julgadora.

  • *
    Proferido por sua filha Maria da Graça Fonseca Mascarenhas.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      28 Jun 2006
    • Data do Fascículo
      Set 1976
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