OBJETIVO: Avaliar o efeito das intervenções em uma rodovia, na ocorrência e gravidade de ferimentos por acidente. MÉTODOS: Foi feita uma análise comparativa de dois estudos transversais em 1994 e 1996. RESULTADOS: Em 1994 a taxa foi de 7,96 acidentes/100.000 veículos e em 1996, 8,49/100.000 veículos. O aumento não foi significante (p>0.05). O índice de motoristas feridos em 1994 foi de 2,10/100.000 veículos e de 1,35/100.000 veículos em 1996, o que representa uma redução significante (p<0.000). A notificação espontânea do uso de cinto de segurança (63,46% contra 76,6%), o número de veículos de pequeno porte acidentados (7,9% contra 37,7%), o trânsito em horário noturno (23,7% contra 31,8%) e a direção no sentido México-Cuernevaca (45% contra 66,7%) foram maiores em 1996 (p<0.05). O risco de ferimento -- usando um modelo de regressão logística -- entre motoristas expostos a intervenções (1996) e motoristas não expostos (1994) ajustados por: idade, velocidade, uso do cinto de segurança, ingestão de álcool e causas externas mostrou um efeito protetor das intervenções na rodovia. CONCLUSÃO: Há uma evidente necessidade de abordagens multisetoriais no estudo e na avaliação das intervenções no campo dos acidentes de trânsito, sendo o presente estudo um exemplo claro das repercussões sobre a saúde geradas pelas intervenções desenvolvidas pelo setor de transportes na rodovia.
Acidentes de trânsito; Ferimentos e lesões; Estradas
