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Má oclusão severa é mais freqüente na dentição permanente do que na decídua?

OBJETIVO: Analisar a prevalência e severidade de problemas oclusais em populações em idades relacionadas à dentição decídua e permanente, e efetuar uma meta-análise para estimar odds ratio ponderada para problemas oclusais comparando os dois grupos. MÉTODOS: Foram analisados os dados de uma amostra probabilística (n=985) de escolares de cinco e de 12 anos de idade obtidos de um estudo epidemiológico transversal realizado no Município de São Paulo, Brasil, usando regressão logística múltipla. Mediante meta-análise, foram examinados os resultados de estudos transversais publicados nos últimos 70 anos. RESULTADOS: A prevalência dos problemas oclusais aumentaram de 49,0% (IC 95% =47,4-50,6) na dentição decídua para 71,3% (IC 95% =70,3-72,3) na dentição permanente (p<0,001). O tipo de dentição foi a única variável estatisticamente associada à presença de má oclusão moderada/severa (OR=1,87; IC 95% =1,43-2,45; p<0,001). Sexo, tipo de escola e etnia não foram estatisticamente associados. A meta-análise mostrou que o odds ratio ponderado foi 1,95 na comparação da dentição permanente com a dentição decídua/mista. CONCLUSÕES: No planejamento de ações e serviços odontológicos, algumas atividades são indicadas com a finalidade de reduzir a proporção de má oclusão moderada/severa para níveis mais aceitáveis socialmente e sustentáveis economicamente.

Maloclusão; Dentição primária; Dentição permanente; Prevalência; Meta-análise; Estudos transversais; Serviços de saúde bucal


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