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Sintomas depressivos em idosos institucionalizados

OBJETIVO

Analisar a prevalência de depressão em idosos institucionalizados e os fatores associados.

MÉTODOS

Estudo seccional com 462 indivíduos de 60 anos ou mais, residentes em instituições de longa permanência em quatro municípios brasileiros. A variável dependente foi avaliada pela Escala de Depressão Geriátrica de 15 itens. Foi efetuada a análise de regressão de Poisson para avaliar associações com as covariáveis. Buscou-se identificar as variáveis mais relevantes para a presença de sintomas depressivos por meio de análise fatorial.

RESULTADOS

A prevalência de sintomas depressivos foi 48,7%. A saúde autorreferida como regular/ruim/muito ruim, as comorbidades, hospitalizações e a falta de amigos na instituição apresentaram associação com a presença de sintomas depressivos. Foram identificados cinco componentes que, em conjunto, explicaram 49,2% da variância da amostra: funcionalidade, apoio social, deficiência sensorial, institucionalização e condições de saúde. Na análise fatorial, os componentes funcionalidade e apoio social foram os que explicaram grande parte da variância observada.

CONCLUSÕES

Observou-se alta prevalência de sintomas depressivos, com distribuição heterogênea. Esses resultados reforçam o papel das condições de saúde e da funcionalidade para o desenvolvimento de depressão nos idosos institucionalizados e apontam para a importância de oferecer oportunidades de interação entre os residentes nas instituições de longa permanência.

Idoso; Depressão, epidemiologia; Instituição de Longa Permanência para Idosos; Fatores de Risco; Estudos Transversais


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