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Longevidade de operárias Apis mellifera africanizadas portadoras de mutações para a cor dos olhos

Os olhos das abelhas selvagens adultas apresentam coloração marrom-escura, devido à presença de pigmentos denominados omocromos-xantominas e diferentes tipos de ominas. Os principais passos da cadeia metabólica que determinam a biossíntese desses pigmentos iniciam-se a partir do triptofano e qualquer interrupção em um dos seus passos fará com que a cor marrom-escura seja substituída por uma nova cor. Estudou-se a longevidade de operárias de Apis mellifera portadoras dos alelos mutantes para a cor dos olhos cream (cr), snow-laranja (s la) e brick (bk). Existe nítida relação entre o grau de pigmentação dos olhos e a longevidade média das abelhas. As abelhas mutantes que apresentam a cor dos olhos mais clara perdem-se no campo, quando realizam os primeiros vôos, não retornando ao ninho, o que mostra um acentuado problema de orientação capaz de interferir na longevidade. Também experimentos realizados em situação de confinamento confirmam estes resultados, uma vez que, estando retidas em um espaço limitado, as abelhas, em especial aquelas portadoras de qualquer mutação caracterizada pelo escurecimento progressivo dos olhos, apresentaram uma longevidade que não se diferenciou do grupo controle (P>0,05), sugerindo que o confinamento a áreas restritas contribui de forma positiva para a orientação dessas abelhas, facilitando o seu retorno à colméia.

olhos; mutantes; creme; snow-laranja; brick


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