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Metodologia e modelagem do balanço energético em forragens suplementares para bovinos

A pecuária é a principal fonte de proteína no Brasil, e sofre pela estacionalidade das chuvas, necessitando-se da suplementação alimentar. Para amenizar tais problemas surgem técnicas visando o aumento da produtividade, porém demandando mais energia. O balanço energético é uma importante ferramenta para avaliar a eficiência com que um sistema de produção utiliza os insumos, pois relaciona os fluxos de energia de entrada (input) e a energia disponibilizada pelo sistema (output). No entanto, não há uma metodologia padrão para tal análise, e ainda analisar diferentes opções não é uma tarefa fácil, pela complexidade de sistemas agrícolas e pelas interações de suas variáveis. Sendo assim, o presente trabalho objetivou propor uma metodologia de determinação do balanço energético, que desse suporte ao desenvolvimento de um modelo em planilha eletrônica. Este foi utilizado para avaliar dois sistemas: um de produção de silagem de milho (Zea mays L.) e um de silagem emurchecida de Tifton 85 (Cynodon spp.). A silagem de milho apresentou balanços energéticos bruto de 14,08 e a emurchecida 0,98, já para o balanço de energia digestível foram 9,12 e 0,99, respectivamente. As adubações demandaram 73,4% do total de energia na silagem de milho e a irrigação 99,7% na emurchecida. A análise de sensibilidade indicou produtividade e teor de matéria seca como variáveis críticas do balanço energético para a silagem de milho. Na emurchecida tal análise não indicou variável alguma. Reduções da concentração do fertilizante e uso de irrigação foram as melhores alternativas para o milho e o Tifton 85, respectivamente.

gestão ambiental; sistemas de produção; sustentabilidade; silagem; silagem emurchecida


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