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"Velhos são os Trapos": do positivismo clássico à nova era

"Aged People are Rags": from classic positivism to the new era

Para que o ser humano consiga concretizar o direito à vida plena e digna, para que se justifique completamente a procura pela longevidade, deve socialmente permitir-se que essa vida maior seja igualmente melhor. Para que isso aconteça algo tem que mudar nas representações da velhice, no respeito pelas particularidades que a envolvem e pela oferta de estruturas específicas. A velhice é uma fase da vida que tem sido socialmente desvalorizada, negativamente representada, o que se reflete na qualidade de vida dos idosos. Esse ensaio reflexivo pretende desvelar os principais debates culturais sobre a velhice, ao analisar duas estruturas ideológicas dicotômicas sobre o envelhecimento e a velhice. Os resultados são defensores da necessidade de construção de imagens positivas sobre o envelhecimento, para combater os tradicionais modelos de declínio e de despessoalização. Realça-se a complexidade e a heterogeneidade dos fenômenos em análise sublinhando a aplicação de novas estratégias destinadas à construção de uma nova era sobre a velhice, ancorada nos paradigmas de cidadania e pluralidade sociais.

Vulnerabilidade; Senescência; Velhice; Qualidade de vida; Exclusão social


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