Acessibilidade / Reportar erro

“Geografias” do acesso dos idosos aos cuidados de saúde primários na Área Metropolitana de Lisboa, Portugal - um território de diferenças1 1 Este artigo foi desenvolvido no contexto do projeto de investigação da FCT: GRAMPCITY - Para uma mobilidade e acessibilidade mais amigas dos idosos em áreas urbanas/Moving smartly towards accessible & inclusive urban environments for our elders, PTDC/GES-TRA/32121/2017, desenvolvido por quatro universidades portuguesas. M. Barata é bolsista FCT neste projeto.

Resumo

Vários autores têm refletido sobre a questão do acesso aos serviços de saúde, considerando a existência de várias dimensões, nas quais se inclui a disponibilidade e a acessibilidade. No contexto de envelhecimento que caracteriza as sociedades, a população idosa precisa de mais cuidados de saúde, e a acessibilidade a essas unidades assume importância acrescida. O objetivo do estudo é caracterizar o acesso da população idosa aos serviços de saúde, confrontando as possibilidades decorrentes da oferta de serviços com os padrões de procura. Do confronto entre oferta e procura resulta a possibilidade de identificar as dinâmicas intrarregionais e associá-las às diferentes condições socioeconômicas dos idosos, ao seu enquadramento familiar, modo de transporte e tipo de serviço. Esta abordagem considera duas fases metodológicas: o cálculo do potencial de cobertura populacional das unidades de cuidados primários, considerando a acessibilidade física recorrendo aos modos pedonal e rodoviário; e o confronto desses valores com a procura dos serviços, determinada a partir de inquéritos realizados aos residentes. Concluiu-se que, apesar dos equipamentos de saúde prestadores de cuidados primários terem sido programados como serviço de proximidade, a forma de prestação do serviço, as características socioeconômicas da população idosa e o modelo de urbanização apontam para diferenças relevantes no contexto da Área Metropolitana de Lisboa.

Palavras-chave:
Acessibilidade; Cuidados de Saúde Primários; População Idosa; Análise de Redes; Área Metropolitana de Lisboa

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