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Problematizando as alteridades para uma compreensão feminista e decolonial da Saúde Única em Periferias1 1 Agradecemos à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001. Também agradecemos à Fundação Tide Setubal pelo financiamento das bolsas das Agentes Mirins da Saúde Única em Periferias.

Resumo

Neste trabalho, refletimos sobre o modo como diversas figuras de alteridade são alvo de marginalização e o que isso implica em termos de reconhecimento nas gramáticas políticas que estabelecem quem pode se tornar um sujeito da saúde. A partir de contribuições feministas e decoloniais, discutimos algumas premissas ontológicas acerca da relação entre humanos, não humanos e a natureza, para alargar o entendimento da Saúde Única em Periferias. Também incorporamos narrativas de adolescentes que moram na favela Jardim São Remo (São Paulo, SP) e atuam como Agentes Mirins da Saúde Única em Periferias. Em diálogo com eles, exploramos o processo de exclusão constitutiva das favelas, apoiado em retóricas que não reconhecem a pluralidade das configurações coletivas e reforçam a figura das favelas como ameaça à segurança pública. Em contraposição a esse projeto, trazemos os princípios de reflorestamento e da confluência de alteridades significativas para reforçar a justiça multiespécie promovida pela práxis da Saúde Única em Periferias.

Palavras-chave:
Alteridades; Periferias; Saúde Única; Feminismos; Decolonialidade

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